sábado, 5 julho 2025

Saldo de vagas tem queda, mas é positivo

Serviços e indústria lideram criação de empregos em setembro em Americana, segundo dados do Caged 

TRABALHO | Dos quase 500 postos de trabalho gerados em setembro em Americana, 188 foram na indústria (Foto: Arquivo/ TodoDia Imagem)

Os setores de serviços e da indústria foram responsáveis por manter positivo o saldo entre admissões e demissões de trabalhadores com carteira assinada em Americana no mês de setembro. Os dados foram divulgados ontem dentro do levantamento mensal do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério do Trabalho e Previdência. E apesar de indicar 486 postos de trabalho ocupados na cidade no mês, a quantidade é inferior à registrada em agosto, quando o resultado foi de aproximadamente o dobro de postos preenchidos. Este é o saldo das 3.599 admissões e 3.113 desligamentos, com um estoque de 77.226 ocupações.

Foram 283 postos ocupados no setor de serviços e 188 na indústria. Comércio e construção só contribuíram com nove e seis posições, respectivamente.

No saldo, a maioria das contratações é de mulheres (301), com ensino médio (388) e entre 18 a 24 anos (303). Tanto as pessoas com ensino superior (-23) quanto idosos a partir de 65 anos (-17) tiveram mais demissões.

Os desligamentos prevaleceram na faixa etária do 30 a 39 anos, mas, somadas, as idades entre 18 a 29 chegam a 1.339 pessoas.

O ensino médio predomina entre os demitidos (2.056), seguido do superior completo (380). A maioria das admissões foi de pessoas entre 18 e 24 anos (1.052) e com ensino médio (2.444), seguido do superior (357).

Os registros confirmam a projeção cautelosa feita pela economista Eliane Rosandiski, do Observatório PUC-Campinas.

Em sua análise, a indústria mostra recuperação, e o comércio talvez retome as contratações com a chegada do Natal, diante das flexibilizações das medidas de distanciamento. Porém, é incerto o patamar dessa recuperação.

O cenário desafia projeções por se tratar de um ano ainda fora do padrão. Apesar do clima de arrefecimento da pandemia, ela chama atenção para itens como a inflação e altas como a do dólar e da energia, o que representam, em muitos casos, sinal vermelho. “O mercado de trabalho está se recuperando a despeito das altas taxas de desemprego, mas ainda temos vivemos uma situação muito incerta”, pondera, lembrando que o resultado positivo ainda é associado á flexibilização. “Maior cobertura vacinal e baixos índices de casos graves de Covid trazem a possibilidade de retorno das atividades”, considera.

ROTATIVIDADE
No mês, o comércio demitiu (776) quase a mesma quantidade que contratou (785), assim como a construção (163/169). Apesar dos melhores resultados, serviços e indústria também tiveram número considerável de desligamentos (1.414 e 760, respectivamente).

A economista analisa que a rotatividade faz parte do processo natural de ajuste no mercado de trabalho, e que pode ser maior entre os mais jovens, além dos contratos temporários. Um impacto possível desse fator é a redução dos salários.

NA REGIÃO
Nas demais cidades da região, os números também foram positivos em setembro.

Em Hortolândia, o saldo foi de 228 postos, com 1.616 admissões e 1.388 desligamentos. Em Nova Odessa, 281 (1.128/847); em Santa Bárbara d’Oeste, 420 (2.255/1.835); e Sumaré, 483 (2.390/1.907), segundo o Caged. 

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