quinta-feira, 25 abril 2024

Serviços impulsionam alta nos empregos na região

 Cidades de Americana, Santa Bárbara, Nova Odessa, Sumaré e Hortolândia registram saldo positivo na geração de empregos formais no mês de agosto, aponta o Caged

Americana registrou a geração de 909 empregos em agosto (Prefeitura de Americana / Divulgação)

Americana criou 909 empregos formais no mês de agosto – como saldo entre as admissões e demissões do mês, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgados nesta quarta-feira (29) pelo Ministério do Trabalho e Previdência.
O resultado é o melhor na cidade desde fevereiro deste ano, quando o município registrou 1.297 vagas abertas com carteira assinada.
O setor de Serviços foi responsável pela metade dessas vagas (457), seguido da Indústria (215), Comércio (154) e Construção (85). Agropecuária teve duas baixas, fechando o mês negativa.
No total, Americana teve 4.076 admissões e 3.167 desligamentos no mês.
Na categoria de Serviços, as áreas de atividades financeiras, imobiliárias e administrativas foram responsáveis por 271 colocações.
REGIÃO
Em Santa Bárbara d’Oeste o saldo foi de 532, em alta crescente desde maio.
As atividades esportivas e de recreação foram responsáveis por 103 vagas na categoria de Serviços. Na Indústria, a de alimentos e materiais de borracha e plástico empregaram 59 e 51 pessoas, respectivamente.
Sumaré também teve saldo positivo de 697 emregos em agosto, seguindo os indicadores de Serviços, ensino Médio como escolaridade e faixa etária de 18 a 24 anos como predominante. O trabalho no comércio foi responsável por 397 postos.
Em Nova Odessa foram 452 colocações a mais que demissões (234 homens e 218 mulheres, com 140 pessoas empregadas como vendedoras do comércio em lojas e mercados.

Hortolândia obteve o saldo mais tímido entre os municípios da região (255), com resultado negativo na área de construção (-24). O município empregou sobretudo pessoas com ensino Médio (285) e Superior incompleto (24), com baixas entre os com Superior completo (-45), Fundamental completo (-13) e Médio incompleto (-7). 

Para Eliane Rosandiski, economista do Observatório PUC-Campinas, o resultado positivo na geração de empregos formais na região deve ser visto com cautela, já que outros fatores, como a crise energética, o mercado internacional e a projeção de continuidade das altas dos juros e inflação, levam a questionar a sustentabilidade desses postos.
Ela avalia como um reflexo da reabertura, com a recolocação de parte dos excluídos da crise, num cenário em que o desemprego permanece num patamar mais elevado do que antes da pandemia.
Na especificidade da região como polo industrial, o desafio permanece para suprir uma retomada, de fato, com a disponibilidade de matéria-prima – como nas produções ligadas à indústria automotiva e mesmo a têxtil. A alta do petróleo é um fator que ainda pode paralisar produções em países como a China, e reverberar no mercado brasileiro.
Os últimos meses do ano ainda serão desafiadores com o término da medida que prevê a flexibilização do trabalho e se os postos serão mantidos ao fim da vigência dos acordos que permitem a redução de jornada e salário. “É uma economia ainda frágil, com o valor de hora-trabalho baixa, também reduzido pelo desemprego, além da inflação tirar o poder de compra”, avalia.

Receba as notícias do Todo Dia no seu e-mail
Captcha obrigatório

Veja Também

Veja Também