Médico da Unimed relata que errar é humano; a assessoria do hospital afirmou que já entrou em contato com a família do paciente para resolver a situação
Uma mãe entrou em contato com o TODODIA para reclamar do atendimento médico que o seu filho de três anos recebeu no Hospital da Unimed em Americana nessa segunda-feira (5). A criança estava com suspeita de dengue e demorou mais de 12 horas para conseguir fazer o exame e obter o diagnóstico.
Ela levou o filho no Hospital da Unimed no período da manhã, onde tomou soro e fez exame de sangue. Mesmo após apresentar algumas alterações no exame, a médica liberou a criança e pediu para que voltasse ao hospital caso a febre continuasse.
Por volta das 22h a mãe voltou com o garoto para o hospital, pois a febre permanecia. Com a suspeita de dengue, a médica pediu novamente um exame de sangue e um exame de dengue. Porém, para realizar os exames a médica prescreveu que a febre precisaria abaixar.
Como a febre continuava alta, à meia-noite na troca de plantão, o médico plantonista liberou apenas para fazer o exame de sangue.
Depois da coleta de sangue, a criança foi medicada e liberada para tomar um banho em casa, a fim de baixar a temperatura do corpo.
“A enfermeira foi falar com ele e sugeriu que desse ibuprofeno. Fomos na enfermaria e com meu filho já medicado, o doutor disse que não tinha o ibuprofeno em gota, só em comprimido. A enfermeira que estava de plantão falou assim: “Tem sim, doutor! Vou acabar de medicar aqui e já vou lá ajudar o doutor a prescrever”. “Ele não sabia prescrever a receita”, relatou a mãe.
Às 2h a mãe retornou ao hospital com o filho que seguia com febre. Ao ser atendido, o médico apenas olhou a garganta da criança e receitou um antibiótico. O pai da criança questionou a respeito do exame de dengue e o ao entrar em contato com laboratório, o doutor informou aos pais que o sangue coletado anteriormente poderia ser usado para realizar o exame de dengue. Mas era preciso esperar mais duas horas ou retornar ao hospital no dia seguinte.
“Eu fui questionar, que foi desumano que tinha feito com a gente hoje. Eu teria que enfrentar toda aquela fila de novo! O doutor simplesmente falou não sabia como que iria ser amanhã e que teria que vir pra saber. Aí me alterei e falei que era uma palhaçada, ele simplesmente disse “errar é humano senhora!””, declara a mãe indignada.
A mãe da criança ainda contou ao TODODIA que pesquisou o medico em uma rede social e descobriu que o profissional não era pediatra. Em seu perfil consta a descrição como “médico com especialidades em acupuntura e homeopatia”.
Procurada, a assessoria do Hospital da Unimed declarou que “A administração do Hospital Unimed Americana analisou o caso e entrou em contato diretamente com a mãe do paciente”.