sexta-feira, 26 abril 2024

Vacinação de rotina mantém bons índices em Americana

Ao contrário da tendência nacional, de queda, cidade apresenta boa cobertura nas vacinas incluídas no Plano Nacional de Imunização, contra doenças como tuberculose, paralisia, sarampo, caxumba, rubéola e outras 

VACINAÇÃO | Cobertura é válida para doenças como tuberculose, paralisia, sarampo, caxumba e outras (Foto: Divulgação)

A Secretaria de Saúde de Americana retomou nesta quinta-feira (24) nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e nas unidades de ESFs (Estratégia Saúde da Família) a vacinação de rotina nos horários das 8h30 às 16h. Em razão da pandemia do novo coronavírus, essa vacinação vinha sendo realizada apenas no período da tarde. Além das doses de rotina e da Covid-19, as unidades também irão se adequar para o início da vacinação contra a gripe, que começa neste domingo para o público acima dos 80 anos.

Para a imunização que inclui todas as vacinas contempladas pelo PNI (Programa Nacional de Imunizações), os pais ou responsáveis pelas crianças devem apresentar na unidade de saúde o cartão de vacina dos menores, comprovante de endereço, o cartão SUS e um documento com foto.

Diferente dos baixos índices de cobertura vacinal infantil contra a Covid-19 que vêm sendo noticiados nos últimos dois meses como preocupantes, no que se refere às vacinas de rotina Americana vai muito bem, inclusive indo contra uma tendência de queda na cobertura nos últimos três anos em todo o país.

Em 2021, 90,62% do público alvo tomaram a BCG (Tuberculose); 78,36% foram imunizados contra a paralisia; e 90,62% receberam a tríplice viral (sarampo, caxumba, rubéola) na cidade. Os números são bem melhores que a média nacional, que no ano passado ficou em 65%, 66% e 49,31%, respectivamente.

Enfermeira coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Americana, Carla Brito acredita que esses números podem até melhorar com a retomada em horário estendido da vacinação nas unidades de saúde a partir desta semana.

“Fizemos uma readequação na logística e também de recursos humanos pela Atenção Básica, de forma a não ter nenhum choque de agendamento entre um público e outro, portanto, agora será possível estender o horário para ampliarmos a cobertura das vacinas de rotina”, comenta.

No restante do país, o sucesso da vacinação nos últimos 30 anos, somado ao aumento dos autodenominados “anti-vacinas”, podem explicar essa queda na procura por vacinas nas crianças. Essa é a explicação da coordenadora do PNI do Ministério da Saúde, Carla Domingues.

“Hoje, como várias doenças desapareceram por causa da vacinação, os pais que foram beneficiados pela vacina e que por isso não conviveram com a doença, muitas vezes não percebem a importância da imunização. Por isso, é imprescindível mostrar que, apesar de raros os casos, as doenças ainda existem e que, portanto, é primordial vacinar as crianças”, analisa.

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