terça-feira, 23 setembro 2025
CENÁRIO DE DESTRIÇÃO

Vendaval causa destruição em hospital psiquiátrico e educandário em Americana; prejuízos passam de R$ 2 milhões

Estruturas destelhadas, alimentos perdidos e pacientes transferidos marcam cenário de devastação em entidades mantidas por voluntários
Por
Cristiani Azanha

Um vendaval de cerca de 10 minutos provocou estragos em Americana, no início da tarde de segunda-feira (15), deixando um rastro de destruição em instituições de saúde e assistência social.

O Hospital Psiquiátrico Seara, no Jardim Brasil, foi um dos mais afetados. O vento destelhou grande parte da estrutura, e uma viga chegou a perfurar o teto da cozinha. Com a queda de energia, o hospital ficou no escuro e cerca de 30 internos precisaram ser transferidos para outras clínicas ou levados para suas famílias.

“Estimamos que os prejuízos ultrapassaram R$ 2 milhões. Tivemos muitos danos, não sabemos como vamos fazer e quando nosso atendimento irá voltar”, afirmou Valquíria Thuler, diretora administrativa do Hospital Seara.

Hospital Seara, em Americana, teve telhado arrancado pelo vendaval e suspendeu atendimentos após estragos. Foto: Gustavo Roberto (Schock)/TV TODODIA

Impacto em entidades sociais

O Educandário Florescer do Amor, localizado ao lado, também sofreu danos. No momento em que cerca de 20 crianças descansavam, o telhado foi comprometido, e a ventania ainda estragou a maior parte dos alimentos que seriam servidos.

Tanto o hospital quanto o educandário são mantidos pelo Instituto Fraternal Terapêutico Olguinha, uma entidade sem fins lucrativos que não possui vínculo com o poder público. Além dessas unidades, a instituição, que oferece atendimentos gratuitos a pacientes com câncer, depressão e dependência química, também foi destelhada e teve parte do muro derrubada.

Por conta dos estragos, os atendimentos foram suspensos por, pelo menos, duas semanas.

Pedido de ajuda

Valquíria reforçou que a situação das entidades já era delicada antes do vendaval e que agora a crise é ainda maior. A manutenção depende, em grande parte, de recursos pessoais dos diretores e da ajuda mensal dos médicos José Gethulio Thuler e Fábio Thuler.

“Precisamos da ajuda das pessoas e empresas relacionadas à construção civil, vamos precisar de muitas telhas, cimento e outros materiais para reconstruir tudo”, completou.

O voluntário Vinicius Forte, que ajudou na limpeza, descreveu o cenário: “Quando chegamos aqui foi assustador. Parecia um cenário de guerra.”

Trabalho de reconstrução

Voluntários já iniciaram a limpeza e atuam na recuperação dos espaços, mas o retorno das atividades segue incerto e dependerá da solidariedade da população e de apoio público.

Apesar das perdas materiais, a diretora destacou um ponto positivo: “Todas as pessoas puderam voltar para casa bem e agora precisamos unir forças para recomeçar.”

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