Um vendaval de cerca de 10 minutos provocou estragos em Americana, no início da tarde de segunda-feira (15), deixando um rastro de destruição em instituições de saúde e assistência social.
O Hospital Psiquiátrico Seara, no Jardim Brasil, foi um dos mais afetados. O vento destelhou grande parte da estrutura, e uma viga chegou a perfurar o teto da cozinha. Com a queda de energia, o hospital ficou no escuro e cerca de 30 internos precisaram ser transferidos para outras clínicas ou levados para suas famílias.
“Estimamos que os prejuízos ultrapassaram R$ 2 milhões. Tivemos muitos danos, não sabemos como vamos fazer e quando nosso atendimento irá voltar”, afirmou Valquíria Thuler, diretora administrativa do Hospital Seara.

Impacto em entidades sociais
O Educandário Florescer do Amor, localizado ao lado, também sofreu danos. No momento em que cerca de 20 crianças descansavam, o telhado foi comprometido, e a ventania ainda estragou a maior parte dos alimentos que seriam servidos.
Tanto o hospital quanto o educandário são mantidos pelo Instituto Fraternal Terapêutico Olguinha, uma entidade sem fins lucrativos que não possui vínculo com o poder público. Além dessas unidades, a instituição, que oferece atendimentos gratuitos a pacientes com câncer, depressão e dependência química, também foi destelhada e teve parte do muro derrubada.
Por conta dos estragos, os atendimentos foram suspensos por, pelo menos, duas semanas.
Pedido de ajuda
Valquíria reforçou que a situação das entidades já era delicada antes do vendaval e que agora a crise é ainda maior. A manutenção depende, em grande parte, de recursos pessoais dos diretores e da ajuda mensal dos médicos José Gethulio Thuler e Fábio Thuler.
“Precisamos da ajuda das pessoas e empresas relacionadas à construção civil, vamos precisar de muitas telhas, cimento e outros materiais para reconstruir tudo”, completou.
O voluntário Vinicius Forte, que ajudou na limpeza, descreveu o cenário: “Quando chegamos aqui foi assustador. Parecia um cenário de guerra.”
Trabalho de reconstrução
Voluntários já iniciaram a limpeza e atuam na recuperação dos espaços, mas o retorno das atividades segue incerto e dependerá da solidariedade da população e de apoio público.
Apesar das perdas materiais, a diretora destacou um ponto positivo: “Todas as pessoas puderam voltar para casa bem e agora precisamos unir forças para recomeçar.”