sexta-feira, 19 abril 2024

Americanense acorda cedo pra votar

 
Com um dos maiores colégios eleitorais da RMC (Regiao Metropolitana de Campinas), com 175. 226 mil eleitores, o americanense acordou cedo para votar hoje. Em Americana, são 56 locais de votação. Teve quem aguardou na fila por mais de 30 minutos esperando os portões das escolas abrirem, pontualmente, às 8h, e também quem foi até a escola e a encontrou fechada por causa da mudança no local de votação, mas a sensação era única: o voto útil é o único caminho para mudar a situação do país.

Uma cena frequente nas escolas visitadas pela reportagem foi a dos famosos “santinhos”, (papéis com nomes de candidatos) jogados em frente dos colégios eleitorais- o que é considerado crime eleitoral-. A camiseta com nome dos candidatos ou com cores alusivas a algum partido político, apesar de estar permitida nesta eleição, não foi a tônica encontrada esta manhã.

O aposentado Gonçalo das Flores era o primeiro da fila na escola Jonas Arruda Filho, no São Manoel. Segundo ele, chegou antes das 7h30 porque sempre gostou de ser o primeiro da fila em dia da eleição. “Isso já virou uma tradição. Eu acordo cedo e já corro para escola porque gosto de ver a movimentação nas ruas. Vim como meu candidato a presidente na cabeça. Os outros cargos eu não fiquei pesquisando muito e vou escolher na hora”. Diferentemente dele, a vendedora Josimeire Soares, de 31 anos, já chegou com todos os candidados escolhidos e disse que buscou se munir de todas as informações possíveis para fazer uma boa escolha que possa mudar os rumos do Brasil. “Votar é muito mais que uma obrigação. É o que vai determinar o nosso futuro nos próximos anos”.

Aos 69 anos, o aposentado Carlos Cordenunsi, de 69 anos, também fez questão de comparecer às urnas esta manha. Mesmo com o pé quebrado e com dificuldade para se locomover, disse que a votação era a única forma que tinha para estagnar a crise no país. Ele apontou que havia escolhido seu candidato a presidente pelas propostas que vinha acompanhando pela TV, principalmente durante os debates. Com relação aos outros cargos que precisava votar, como governador e deputados, por exemplo, ele confessou que pegaria um santinho na rua e decidiria na hora seu voto.

Apesar da idade avançada, Irmelinde Brechamar, de 91 anos, foi outra eleitora que se disse politizada. Mesmo tendo que ser amparada por familiares e com a ajuda de muletas, compareceu à Etec (Escola Técnica Estadual Polivalente de Americana para votar. Segundo ela, apesar de não ser mais obrigada a votar, o que a moveu foi o seu dever cívico. “Eu nunca deixei de votar, e esse ano não seria diferente, por isso, estou aqui cumprindo minha obrigação”.

Já a dona de casa Maria Lopes, de 61 anos, foi literalmente pega de surpresa, às 7h50, ao encontrar os portões da escola Ary Menegatto, no São Vito fechados. Acompanhada do marido José Augusto Lopes, ela disse que não sabia que a escola não era mais uma zona eleitoral, e que teria que buscar informações para saber onde teria que ir para votar. “Cheguei antes para não pegar filas e não adiantou nada porque a escola está fechada. Agora vou procurar outras escolas da região”, disse.

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