
Após o HC da Unicamp anunciar que está com setores superlotados, o Hospital PUC-Campinas divulgou, nesta quinta-feira, 6, que está com superlotação no Pronto-Socorro Adulto SUS. O local comporta 20 pacientes, mas está com 70 internados.
Diante disso, o hospital solicita que a população busque atendimento em outras instituições de saúde do SUS e também pediu que o Sistema Cross, responsável pela regulação da transferência de pacientes nos hospitais do estado, e o Samu aguardem a estabilização da unidade para o encaminhamento de novos casos.
Esta é a segunda vez que o hospital PUC-Campinas emite esse comunicado neste ano. Em 4 de fevereiro, o hospital enfrentava a mesma situação: 70 pacientes em um espaço destinado a 20 no PS Adulto do SUS.
Situação no HC
Na tarde desta quinta-feira, a Superintendência do Hospital de Clínicas da Unicamp atualizou a situação da Unidade de Emergência Referenciada do hospital, que continua com superlotação crítica, impossibilitando o recebimento de novos casos adultos.
Segundo o HC, a unidade está trabalhando acima da capacidade instalada, com 80 pacientes em um espaço com 30 leitos, e há sobrecarga na área física, de equipamentos, de recursos humanos e materiais.
Diante disso, o HC também solicita que a Cross, a Diretoria Regional de Saúde (DRS-7), os serviços de resgate das rodovias, o SAMU, os Bombeiros, o Helicóptero Águia da PM e as prefeituras da região não encaminhem novos pacientes ao HC até a normalização da situação, que é avaliada diariamente para decidir a suspensão ou manutenção dessa restrição.
A prefeitura de Campinas se manifestou sobre a situação por meio da seguinte nota:
O prefeito de Campinas tem conversado com o governo do Estado para que haja a abertura dos leitos na Casa de Saúde e a implantação do Hospital Metropolitano.
A Secretaria Municipal de Saúde monitora de forma contínua a ocupação dos leitos e encaminhamentos de pacientes na cidade por meio do Sistema de Regulação do Estado de São Paulo (Siresp). Devido à medida anunciada pela Unicamp, também solicitou que a Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde (Cross) de São Paulo reduza os encaminhamentos de pacientes de outras cidades para Campinas.
Todos os pacientes que necessitam de internação na Rede Mário Gatti de Urgência, Emergência e Hospitalar estão assistidos. A ocupação é dinâmica e muda a todo momento, pois a rotatividade de leitos é alta. A ocupação está entre 95 e 100%, mas todos os pacientes são atendidos, uma vez que as unidades trabalham no sistema “porta aberta”. As cirurgias de urgência e eletivas continuam sendo realizadas, assim como o encaminhamento de pacientes pelo Samu para os hospitais de referência municipais.
Desde 2021, considerando todos os tipos de leitos disponíveis por meio de convênios da Secretaria de Saúde com hospitais e na Rede Mário Gatti, a quantidade de estruturas passou de 885 para 920. Há ainda 84 outros leitos nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPs) e o total ultrapassa a marca de 1 mil leitos se incluídas as unidades de pronto atendimento (UPAs) e a Casa da Gestante (20 leitos), serviço direcionado para mulheres em situação de vulnerabilidade social. Além disso, 800 pacientes são atendidos pelo Serviço de Atendimento Domiciliar (SAD).