A Prefeitura de Limeira confirmou, na tarde desta segunda-feira (29), um caso de intoxicação por metanol, após resultado de um segundo exame realizado pelo paciente. A nova análise detectou a presença da substância, ao contrário do primeiro resultado, que havia descartado a hipótese.
Prefeitura havia descartado contaminação inicialmente
Na manhã desta segunda-feira, a Secretaria de Saúde de Limeira havia negado a presença de metanol, afirmando que o exame feito pelo Centro de Informação e Assistência Toxicológica da Unicamp (CIATox) indicava um caso de intoxicação alimentar grave, mas sem ingestão de metanl. No entanto, com a chegada do segundo laudo, a administração municipal reviu a informação e confirmou a presença da substância tóxica no organismo do paciente.

Paciente na UTI
O paciente, um homem que ficou internado na UTI da Santa Casa por mais de uma semana, apresentou sintomas graves de intoxicação após participar de um churrasco com amigos em 16 de setembro. Segundo a Prefeitura, ele havia comprado um whisky em uma adega na capital paulista, e também adquiriu carne, energético e gelo em estabelecimentos de Limeira.
No dia seguinte ao churrasco, ele e a esposa passaram mal e procuraram atendimento em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Em 18 de setembro, o quadro do homem se agravou, e ele precisou retornar ao hospital, onde foi intubado e internado na UTI.
Nesta segunda-feira (29), ele recebeu alta da UTI, foi transferido para a enfermaria e, segundo a Secretaria de Saúde, não corre mais risco de morte.
Investigação prossegue
O Departamento de Vigilância em Saúde está investigando os estabelecimentos de Limeira onde o casal realizou as compras. A Vigilância Sanitária orienta que denúncias podem ser feitas pelo WhatsApp, no número (19) 3720-2520.
A suspeita é de que a bebida comprada fora da cidade possa ter sido adulterada com metanol, substância altamente tóxica, usada indevidamente por fabricantes clandestinos para baratear o custo da produção de bebidas alcoólicas.
O caso segue sob investigação.