Dona Maria Aparecida Magalhães é uma senhora aposentada, de 74 anos, que mora com sua família, composta por mais 6 pessoas – entre netos, bisnetos e uma filha – no bairro Cidade Jardim, em Americana, em um lar humilde e bem jeitoso, onde vivem há mais de 30 anos. A mais nova das netas possui 1 ano e cinco meses, já as mais velhas, 13 anos.
Mesmo residente na região há tanto tempo, a família ainda sofre atualmente com dificuldades. No Natal, época de mais calor humano e solidariedade, as pessoas se sentem mais adeptas a ajudar ao próximo, mas mesmo assim, famílias como as de Maria Aparecida que costumeiramente teriam mais atenção em datas solidárias, sofrem ainda com a invisibilidade.
Segundo os últimos dados do Índice Paulista de Vulnerabilidade Social, feito na última década pela Fundação Seade, foi analisado que entre média e alta vulnerabilidade, Americana contava com mais de 13 mil moradores no município enfrentando dificuldades.
A família que sempre foi cheia, após tantas perdas, como a do esposo de Dona Maria e sua filha, seguiu fazendo parte das estatísticas de vulnerabilidade perante a dificuldade na geração de renda e relatou a dificuldade sentida principalmente com a falta de ajuda e a dificuldade de manter a família apenas com a aposentadoria recebida.
“Minha neta também ajuda a pagar um pouco as contas da casa. Se eu tivesse mais ajuda, a gente se sentiria feliz. Não vou falar que eu não aceito porque eu preciso, se eu não precisasse eu falaria que não, mas eu preciso e fico feliz e grata com isso”, disse a aposentada.
A família se ajuda como dá e ela diz que é muito bonito da parte das pessoas que olham para quem precisa, mas que às vezes não acontece. Com isso, a família se mantém em coletividade. “Cada uma delas ajuda como dá um pouquinho, na hora da comida um dá comida para o outro e assim vai. A gente nunca deixa a comida acabar, sempre compra um pouquinho, mas não deixa acabar”, finaliza Maria.
Doar e ajudar o próximo é de extrema importância não só em épocas natalinas, mas todos os dias. A visibilidade que ações sociais organizadas por munícipes e organizações não governamentais fazem parte daqueles que lutam por mais dignidade em todas as épocas do ano.
Quem quiser ajudar Dona Maria pode entrar em contato com sua filha Kássia pelo número (19) 98186-2364.
Já para quem busca ajudar também outras famílias em situação de vulnerabilidade em Americana, o Fundo Social de Americana também recebe doações durante o ano todo. Os interessados podem se dirigir até a Rua das Poncianas, 930B, no Jardim São Paulo.