A Câmara aprovou, na primeira sessão do ano, ontem, em primeira discussão, projeto do Executivo que permite a ampliação da pista do Aeroporto Municipal de Americana. O projeto, feito ainda na gestão Omar Najar (MDB), faz transferência de área institucional para área de bem comum, permitindo a ampliação.
Por conta de agenda pública, o prefeito Chico Sardelli (PV) e o vice Odir Demarchi (PL) não puderam ir à sessão, quando anunciariam o líder do governo na Casa. Segundo o presidente da Câmara, Thiago Martins (PV), a decisão será anunciada na próxima sessão, dia 28, pelo prefeito. Nos bastidores, o nome forte é de Thiago Brochi (PSDB).
Brochi foi quem pediu a palavra para falar do projeto. “É simples, transferência de área institucional para área de bem comum. Não vai ter prejuízo para a prefeitura, para o aeroporto e para os moradores. Vamos regularizar esta área de uma vez por todas”.
Vagner Malheiros (PSDB) questionou se foi incluído projeto técnico assinado pela Anac (Associação Nacional de Aviação) ou órgão equivalente. Thiago Martins recordou que a obra no aeroporto será feita através de investimento do governo estadual.
“Vai ampliar a pista e aquela nova construção dos hangares. Vai mexer com o desenvolvimento, com a logística, com a parte comercial. Há estudos de engenheiros, acompanhamento técnico. Não afetará o condomínio ao lado e nem a rodovia”, afirmou.
Brochi completou que por ser transferência de área, não há necessidade de estudo da Anac. Malheiros insistiu. “Não é ser chatão, é ter critério. Lembro bem deste projeto, a gente votou aqui, verba do Daesp (Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo) de R$ 10 milhões, muito importante para o desenvolvimento econômico. Só quero ser criterioso, não pelo Chico, é para não sofrer ação indevida do Ministério Público”.
Juninho Dias (MDB) sugeriu que o secretário de Governo, Jesuel de Freitas, presente no plenário, tirasse as dúvidas. Leonora Perico (PDT) fez coro. Professora Juliana (PT) e Léo da Padaria (PV) sugeriram adiar a votação.
Brochi insistiu. “Estamos fazendo tempestade em copo d’água, e atrasando serviço simples. Não tem segredo e nem pegadinha”, garantiu.
Wagner Rovina (PV) destacou que as dúvidas podem ser tiradas até a votação do projeto em segunda discussão. “É uma alteração de área, simples do ponto de vista jurídico. Estamos aqui para fazer a Casa andar”. Nathália Camargo (Avante) frisou. “Já teve parecer favorável, todos estudos foram feitos, devemos votar hoje”.
Juninho chegou a pedir vistas, mas retirou após pedido de Brochi. Juliana pediu vistas no lugar, mas o pedido foi rejeitado por 14 a 4. Na sequencia o projeto foi votado e aprovado por 16 a 1, com Malheiros tendo o único voto contrário. Juninho e Juliana se abstiveram.