O MPT (Ministério Público do Trabalho) de Campinas realiza hoje, às 9h30, uma Audiência Pública para tratar sobre a epilepsia no ambiente de trabalho. O encontro é a primeira etapa do desdobramento de um procedimento do MPT que investiga a inclusão de portadores de epilepsia no mercado de trabalho.
A audiência deve contar com a participação de representantes de 50 grandes empresas da região de Campinas. O evento será na sede do MPT, na Rua Umbú, 291, bairro Alphaville, em Campinas, com a participação de trabalhadores portadores de epilepsia e de representantes do Ministério do Trabalho de Belo Horizonte (MG), que desenvolvem trabalhos na área.
A iniciativa foi convocada pela procuradora Luana Duarte, que instaurou um procedimento para investigar a situação. A denúncia partiu da Aspe (Assistência à Saúde de Pacientes com Epilepsia) de Campinas, que tem relatos de pessoas que foram demitidas em Campinas após os empregadores descobrirem que tinham essa condição.
De acordo com a assessoria de imprensa do MPT, a entidade realizou um levantamento das 50 maiores empresas empregadoras nas cidades da região. O objetivo é discutir a inclusão, além de recomendar que os trabalhadores portadores do distúrbio não sejam vítimas de dispensa por motivo discriminatório.
Segundo dados da Aspe, a epilepsia é a condição neurológica crônica mais comum do mundo, atingindo de 1% a 2% da população mundial. Estima-se que, em Campinas, cerca de 30 mil pessoas tenham o problema. Ela se caracteriza por crises nervosas repetidas de curta duração, que acontecem devido a um desequilíbrio do funcionamento cerebral.