A prática de patinação vem ganhando cada vez mais adeptos na RMC, e Paulínia se tornou um dos pontos de destaque desse movimento. O grupo Loucos por Patins, criado em Hortolândia há pouco mais de um ano, expandiu-se rapidamente e hoje reúne participantes também em Sumaré e Paulínia. Juntos, os três núcleos somam entre 300 e 400 pessoas, entre alunos e familiares.
As aulas são gratuitas e ocorrem todos os sábados, às 16h, ao lado do Theatro Municipal de Paulínia. Para participar, é necessário levar patins e capacete. Crianças a partir de quatro anos podem integrar as atividades, sem limite máximo de idade.
“Menos telas e mais esporte”
O instrutor Arthur Ferreira afirma que a iniciativa surgiu com o “Tio Ricardo”, idealizador do projeto, que já ensinava crianças informalmente antes da criação do grupo. “Nosso objetivo principal é menos tela e mais esporte. A gente ensina desde como colocar o patins até encontrar o equilíbrio. Qualquer pessoa pode participar.” A participação de menores exige autorização dos responsáveis.
Ricardo Alexandre Neves, o “Tio Ricardo”, explica que o projeto surgiu com a intenção de oferecer uma alternativa saudável e acessível. “O objetivo é tirar as crianças das telas e trazer para a convivência, pro esporte. Muitos pais relatam melhora no foco e até nas notas da escola.”

Pequenos patinadores ganham espaço
Entre as crianças que participam está Maria Clara, de 9 anos. “Eu comecei desde pequenininha a andar de patins. Eu me sinto livre… é tipo voar. E o que eu mais gosto é a descida.” Ela retornou recentemente às aulas e quer avançar nas técnicas. “Quando eu tiver bem fera, quero fazer aquelas manobras difíceis que eles fazem.”
A aluna Sofia Alencar, de 10 anos, também conta o impacto positivo do esporte. “Eu me sinto livre. Já aprendi a pular rampa e andar com uma rodinha só. Patinar me deixa feliz.”
Pais e filhos compartilham a pista
O projeto também se tornou um ponto de convivência para famílias. Muitos adultos voltaram a patinar depois de décadas, motivados pelos filhos. Vinícius Souza, que retomou o esporte após mais de 20 anos, divide o espaço com o filho Lucas, de 9 anos. “Meu filho me viu patinando e quis vir junto. Hoje esse é o nosso momento da semana. Patins é equilíbrio, persistência e família.” Lucas destaca o ambiente de amizade. “Eu gosto quando todo mundo desce a ladeira. Já fiz vários amigos aqui. É muito legal.”
Desafios e busca por apoio
Mesmo com o crescimento, o grupo enfrenta dificuldades estruturais. Em dias de chuva ou eventos no Theatro Municipal, as aulas precisam ser canceladas por falta de espaço coberto. Os instrutores esperam apoio futuro de iniciativas públicas ou privadas para a criação de um local adequado aos treinos.





