quarta-feira, 3 setembro 2025
PROJETO POLÊMICO

Base do prefeito Chico, vereador Thiago Brochi explica o motivo de ter sido contra emenda que viabiliza concessão do DAE de Americana

Por outro lado, líder do governo ressaltou que iniciativa privada pode aumentar os investimentos em saneamento
Por
Diego Rodrigues

A proposta de emenda à Lei Orgânica que abre caminho para a concessão do DAE, aprovada, em primeira discussão, na manhã desta terça (2), em reunião extraordinária da Câmara Municipal, repercutiu em sessão ordinária à tarde.

Concessão do DAE divide opiniões

A proposta de alteração na Lei Orgânica permite que, futuramente, o DAE possa ser concedido à iniciativa privada ou a entes públicos estaduais e federais. Embora ainda dependa de uma segunda votação, a medida já acendeu o debate entre os vereadores.

O vereador Thiago Brochi (PL), da base do prefeito Chico Sardelli (PL), autor da medida, foi contrário à mudança e alertou para os riscos da concessão do serviço. “Não posso garantir que esse modelo vá funcionar em Americana. Analisei experiências em outros municípios e não encontrei segurança. Além disso, precisamos ouvir mais os funcionários e a população antes de qualquer decisão definitiva”, afirmou.

Thiago Brochi durante entrevista à TV TODODIA.

Na defesa da proposta, o líder do governo, Lucas Leoncine (PSD), afirmou que a emenda apenas elimina a vedação legal para que o tema possa ser discutido futuramente de forma técnica e transparente. “Não se trata de autorizar, de imediato, a privatização, mas de atualizar a lei para permitir que o tema seja avaliado legalmente. Após essa fase, caberá à Câmara discutir o plano de saneamento e, se necessário, aprovar um projeto específico sobre o modelo de gestão do DAE”, pontuou

Lucas Leoncine (primeiro à dir) falou com a TV TODODIA

Falta de capacidade de investimento é um dos entraves, diz líder do governo

Questionado sobre a real necessidade de concessão de um órgão superavitário como o DAE, Leoncine argumentou que a autarquia tem limitações estruturais que impedem novos investimentos. “Se tivéssemos uma infraestrutura consolidada, o que o DAE fatura e o lucro que ele gera seriam suficientes para manter essa estrutura. Mas estamos falando de resolver problemas históricos, de 20 a 30 anos, tanto na questão do esgoto quanto da água”, relatou.

Novo plano diretor

Foi aprovado por unanimidade em redação final o projeto de lei (nº 49/2025), de autoria da prefeitura, que dispõe sobre o Plano Diretor de Desenvolvimento Físico Urbanístico do Município de Americana – PDFU.

O projeto atualiza o PDFU em vigor, aprovado em 2020 e alterado em 2022.

O PDFU consolida toda a legislação urbanística do município de Americana e é um instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana, com foco no “novo centro”. A propositura estimula moradores a habitar o centro da cidade.

No total, os parlamentares aprovaram oito projetos de lei, três projetos de decreto legislativo, 20 requerimentos e 25 moções. Também foram apresentadas 418 indicações ao Executivo. Duas proposituras foram adiadas e devem retornar à pauta nas próximas semanas.

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