A CEF (Caixa Econômica Federal) financiou quase R$ 1 bilhão em recursos para a compra da casa própria no primeiro semestre deste ano nas 20 cidades da RMC (Região Metropolitana de Campinas). O volume de crédito imobiliário liberado pelo banco estatal cresceu 26% no período, em comparação com os R$ 726,3 milhões financiados no primeiro semestre de 2018 na região metropolitana.
Só nas modalidades de crédito atreladas ao SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos), que usa recursos da caderneta de poupança, o aumento no volume de financiamentos neste primeiro semestre na RMC foi de 78,5%. O aquecimento do setor imobiliário foi puxado, segundo avaliação dos especialistas do banco, pelas classes de média e alta renda, que voltaram a comprar imóveis usando essa linha de crédito.
Os números foram revelados ontem pela Caixa, após a abertura da 2ª Feiccad (Feira do Imóvel, Construção, Condomínios, Arquitetura e Decoração), tido com maior evento do setor imobiliário da RMC, que vai até amanhã no Expo D.Pedro, no Parque D. Pedro Shopping, em Campinas. Patrocinada pela Caixa, a feira reúne 30 construtoras e incorporadoras, que prometem descontos e condições especiais de compra para 17.156 unidades em 116 empreendimentos na RMC – incluindo mais de 7 mil imóveis localizados em Americana, Santa Bárbara d’Oeste, Sumaré e outras cidades da região. Há imóveis de R$ 122 mil a R$ 650 mil no evento, que tem previsão de reunir oito mil pessoas.
CRESCIMENTO
Os dados da Caixa Econômica Federal – principal agente financeiro do mercado imobiliário nacional – apontam que no primeiro semestre deste ano foram financiados R$ 225,5 milhões com recursos do SBPE para a compra da casa própria na RMC. Outros R$ 690 milhões foram disponibilizados para a aquisição em empreendimentos do programa “Minha Casa, Minha Vida”. No total, foram financiados R$ 915,5 milhões. Nos seis primeiros meses de 2018, o banco havia firmado R$ 126,3 milhões em contratos de SBPE e R$ 600 milhões no “Minha Casa” (totalizando R$ 726,3 milhões).
Para o comando regional da Caixa, os números positivos do primeiro semestre são resultado de juros menores, mais produtos em oferta e da aposta do banco em elevar os financiamentos usando o SBPE como fonte de recursos. A linha atende de forma mais efetiva os compradores da classe média e de alto padrão. Esses clientes têm renda mais elevada e querem comprar imóveis com valor acima da faixa 3 do “Minha Casa”, cujo teto é R$ 230 mil. “O resultado do primeiro semestre foi muito promissor. No segmento de média e alta renda, nosso volume de contratação já foi 78% maior do que no mesmo período do ano passado.
A previsão é muito positiva para o segundo semestre e em 2020”, afirmou a superintendente regional da Caixa, Cecília Helena Bomfim. Compradores que usam o SBPE podem financiar até 80% do valor de um imóvel usado e até 90% de um imóvel novo. No primeiro semestre de 2019 oram financiados R$ 150 milhões para as construtoras produzirem empreendimentos. “Somando os financiamentos para pessoas físicas e jurídicas ultrapassamos R$ 1 bilhão”, aponta a gerente regional de Construção Civil da Caixa, Isadora Moraes.
WALTER DUARTE
