quinta-feira, 18 abril 2024

Calor e obras fazem DAE pedir paciência e economia de água

O superintendente do DAE (Departamento de Água e Esgoto) de Americana, Carlos César Gimenez Záppia, pediu em entrevista coletiva ontem paciência aos moradores e que não desperdicem água, deixando por exemplo de lavar o carro ou as calçadas.

São vários os relatos de problemas de falta de água na cidade. Por conta do aumento do consumo devido ao calor e problemas na manutenção da rede, o sistema não consegue atender a demanda.

Técnicos do DAE trabalham para regularizar a capacidade das centrais de reservação. Záppia admitiu que a situação só poderá efetivamente ser resolvida com investimentos no aumento da capacidade de reservação da cidade.

Ele explicou que Americana tem outorga de captação de 1.050 litros por segundo no Rio Piracicaba, mas hoje   consome 1.300 litros por segundo.

Durante o dia todo, o sistema consegue captar, tratar e fornecer algo em torno de 80 milhões de litros de água. Só que o consumo diário atual passa dos 110 milhões de litros. E não existe como ter mais água nos reservatórios. Juntas, as 14 centrais de reservação comportam 27 milhões de litros de água.

Záppia disse que a outorga liberada para captação, em épocas normais, seria suficiente para abastecer uma cidade de 350 mil habitantes. Em Americana, portanto, não devia estar faltando água. Acontece que o consumo aumentou devido ao calor.

Também foram inesperados os incidentes na rede. Um simples relê queimado no sistema, na terça-feira paralisou a produção de água. Só naquele dia, o DAE deixou de fornecer 25 milhões, dos 80 milhões de água que deviam ter sido fornecidos.

A cidade também teve nesta semana um vazamento nas imediações do cruzamento entre as avenidas Lírio Corrêa e a João Nicolau Abdalla, na Carioba. As equipes e manutenção ainda trabalhavam ontem para identificar o local exato do dano e iniciar os reparos.

A inauguração na nova adutora do pós-Anhanguera exigiu no começo da semana a interrupção do fornecimento de água a 13 bairros. Com os serviços de interligação da rede a dois reservatórios, as torneiras ficaram secas por quase três dias.

“As obras nos obrigam a suspender o abastecimento. E a elas se juntam os defeitos no sistema e consumo alto. Eu não posso dizer mais nada, além de pedir paciência da população”, disse. “Todos os bairros estão afetados.”

Com a chuva prevista para o final de semana, e o esforço concentrado para regularização das centrais de reservação, afirma, a situação deve estar muito próxima do normalidade a partir da próxima semana.

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