sexta-feira, 22 novembro 2024
PATRIMÔNIO BARBARENSE

Campanha para tombamento do estádio Antônio Guimarães segue e audiência pública está marcada para o dia 27

No último final de semana, foram distribuídos 1800 panfletos e 200 cartazes para fixação em comércios; organizadores tentam reunião com o prefeito Rafael Piovezan (MDB)
Por
João Victor Viana
Foto: Divulgação

Com o nome “Não à demolição do estádio do União”, a campanha de tombamento do estádio Antônio Lins Ribeiro Guimarães segue acontecendo com reuniões e divulgações em busca do objetivo. No próximo dia 27 está programa uma audiência pública na Câmara dos Vereadores para colocar o tema em pauta.

No último final de semana, foram distribuídos 1800 panfletos e 200 cartazes para fixação em comércios. A equipe passou pela praça central, e os campos municipais Mirzinho, Santa Rita e Laudisse, além do próprio estádio, onde ocorreu a final do campeonato Veteranos 2023.

Toda a mobilização começou há três meses, quando o União Barbarense estava disputando a 2ª Divisão do Campeonato Paulista, a bezinha. No intervalo da partida contra o América, torcedores desceram das arquibancadas e ‘abraçaram’ o estádio como forma de apoio ao tombamento.

“Nosso objetivo é que seja tombado como patrimônio histórico para preservar a história centenária e permitir que as gerações futuras frequentem o estádio. O nosso estádio tem valor cultural material, o campo e a arquibancada. E também imaterial, o sentimento, a emoção, a nostalgia, o amor pelo time, pelo estádio, e as emoções vividas por gerações”, disse o líder do movimento e presidente de honra da TUSB (Torcida Uniformizada Sangue Barbarense), Carlos Dalberto Festa.

Festa conta que a campanha foi idealizada por conta do leilão do estádio, que está passando por imbróglios judiciais, já que o arremate foi por um valor abaixo do avaliado. “Uma das maiores injustiças comerciais que já vi na minha vida. Como barbarense e torcedor do União, não posso ficar calado sem fazer nada. Esse estádio é nosso pertence, da cidade e do povo”, ressaltou.

Junto dos historiadores Antonio Carlos Angolini e JJ Bellani, se reuniram com o Codepasbo (Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Cultural de Santa Bárbara d’Oeste), órgão que tem o poder de tombar um patrimônio histórico no município. Primeiramente julgado como improcedente, uma nova reunião acontecerá para votar sim ou não pelo processo de tombamento.

Para fortalecer o pedido, foi protocolado, no dia 11, um ofício solicitando uma reunião com o prefeito Rafael Piovezan (MDB). A ideia dos organizadores é levar nesse eventual encontro, que não possui data marcada, uma comitiva de 10 personalidades relevantes da cidade, como autoridades do meio político, além de ex-dirigentes e ídolos do União.

O que já está marcado para o dia 27 de setembro, às 19h, é a audiência pública para colocar o assunto em pauta na Câmara dos Vereadores. Estará presente a Doutora Simone Scifoni, uma das maiores autoridades do país quando o assunto é tombamento histórico.

Site para apoio
No dia 9 de setembro foi lançado um site com o objetivo específico de recolher assinaturas para apoio à campanha. Para expressar o consentimento e o apoio ao projeto, os assinantes devem preencher um formulário que solicita o nome completo, a data de nascimento e o CPF. Até o momento, 4239 pessoas já assinaram.

A divulgação também continuará neste sábado (23) com circulação de caminhão de som aberto pelo Centro e outros bairros da cidade.

“Esclarecemos que não é um movimento político partidário, e sim um desejo do povo barbarense. A campanha só vai parar quando uma autoridade disser que o Guimarães foi tombado ou que será um estádio de propriedade do município”, afirmou o líder da campanha.

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