
A Prefeitura de Campinas pretende aderir ao financiamento do PAC Continuado para adquirir ônibus elétricos por meio de recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). A definição da quantidade de veículos será feita após o encerramento da licitação do transporte coletivo, levando em conta tanto a capacidade de endividamento do município quanto a possibilidade de as concessionárias assumirem os financiamentos.
Mudança no modelo de adesão
Ao contrário do PAC Mobilidade Urbana e Sustentável, que previa uma operação de R$ 1 bilhão para compra de 256 ônibus elétricos e outros 256 convencionais, o novo formato permite adesão sem prazo definido. Isso facilita o alinhamento do financiamento com o cronograma da licitação.
Prefeitura e empresas poderão dividir os custos
Com a possibilidade de as futuras empresas concessionárias realizarem os empréstimos diretamente, a administração municipal decidirá quais veículos serão adquiridos pelo município e quais ficarão sob responsabilidade das empresas. “Com essa nova opção, poderemos finalizar a licitação antes de firmar o financiamento”, afirmou o prefeito Dário Saadi.
Comparativo com outras capitais
Em relação a outras cidades, Campinas prevê um investimento significativamente maior. O valor estimado para aquisição de ônibus elétricos é de R$ 732,4 milhões. Em comparação, São Paulo investirá R$ 100 milhões em 60 veículos, Salvador destinará R$ 73,8 milhões para 22 unidades e Belo Horizonte investirá R$ 54 milhões em 16 ônibus.
Licitação em andamento
O edital da nova licitação está disponível desde 2 de abril nos sites da Setransp e da Emdec. A Consulta Pública segue até 2 de julho, com urnas físicas instaladas em terminais urbanos para coleta de sugestões. Após esse período, o edital será revisado e as propostas poderão ser entregues pelas interessadas em até 45 dias úteis.