quarta-feira, 12 março 2025
Saúde

Campinas confirma 2ª morte por febre amarela em 2025 e intensifica vacinação

Município já registrou três casos da doença neste ano; imunização casa a casa alcançou mais de 5,2 mil pessoas
Por
Guilherme Pierangeli
Campinas intensifica campanha de conscientização e vacinação contra a febre amarela – Foto: Rogério Capela/PMC

A Secretaria de Saúde de Campinas confirmou, nesta terça-feira (11), a segunda morte por febre amarela na cidade em 2025. A vítima, um homem de 61 anos, possuía histórico de deslocamento para uma área rural fora do estado de São Paulo e não apresentava registro de vacinação contra a doença. Os primeiros sintomas surgiram em 12 de fevereiro, e ele foi internado no dia 16 em uma unidade da rede pública. O óbito ocorreu no dia seguinte e foi confirmado pelo Instituto Adolfo Lutz.

Casos e circulação do vírus
Este foi o terceiro caso registrado entre moradores do município. O primeiro paciente, um homem de 39 anos da área rural de Sousas, faleceu em 3 de fevereiro. O segundo, um homem de 55 anos que frequentava a mesma região para lazer, recebeu alta em 4 de fevereiro após tratamento.

Além das ocorrências em humanos, testes laboratoriais confirmaram a infecção por febre amarela em dois macacos encontrados mortos, um na região do Carlos Gomes e outro próximo ao Rio Atibaia, em Sousas. Embora não transmitam a doença, esses animais funcionam como indicadores da presença do vírus na região.

Vacinação intensificada
Diante da confirmação de casos, a Secretaria de Saúde intensificou a vacinação em áreas rurais por meio de uma estratégia de imunização casa a casa. Entre 5 de fevereiro e 8 de março, 5.277 doses foram aplicadas durante visitas a 5.066 imóveis, onde 14.091 moradores foram abordados. A campanha será mantida nas próximas semanas, com a participação de 26 centros de saúde.

Balanço da vacinação:

  • – Imóveis visitados: 5.066
    – Pessoas abordadas: 14.091
    – Pessoas vacinadas: 5.277

  • Prevenção e recomendação
    A intensificação da imunização foi motivada pela circulação do vírus tanto em Campinas quanto em cidades vizinhas de São Paulo e Minas Gerais. A vacina é recomendada para residentes, viajantes e frequentadores de áreas de risco, especialmente zonas rurais e regiões de mata fechada. “A vacina é a principal forma de prevenção e proteção. Quem mora ou viaja para regiões de risco deve ficar atento”, destacou Chaúla Vizelli, coordenadora do Programa de Imunização.
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