A Prefeitura de Campinas confirmou, na tarde desta quarta-feira (20), a sétima morte causada por febre maculosa neste ano. A vítima é um homem, de 40 anos, que esteve nas margens do Rio Capivari e do Córrego São Vicente, na região do Jardim Nossa Senhora de Lourdes, região Sul de Campinas. “Ele teve os primeiros sintomas em 28 de agosto e morreu no último dia 2 de setembro”, informou a prefeitura através de nota.
A informação foi divulgada pela Secretaria de Saúde. No ano passado, a cidade confirmou 11 casos, com sete óbitos. A Secretaria de Saúde relatou que realiza constantes atividades de prevenção, como palestras, ações casa a casa, pesquisas acarológicas, visitas domiciliares a casos suspeitos, vistorias em locais prováveis de infecção, capacitações a profissionais de saúde, intensificação da comunicação de risco, medidas de educação em saúde à comunidade e produção de vídeos educativos para as redes sociais.
“Apenas neste ano foram mais de 100 atividades do gênero, sendo que parte delas foi voltada ao Exército. A Prefeitura de Campinas também adotou mais medidas de combate à doença. Uma delas foi a mudança do nome do Comitê de Enfrentamento das Arboviroses para Comitê de Prevenção e Controle das Arboviroses e Zoonoses. A medida é importante porque traz a febre maculosa como discussão para dentro do comitê intersetorial que reúne secretarias municipais e autarquias que tomam decisões oportunamente”, disse a Administração.
Outras medidas
Outra providência tomada, segunda a Prefeitura de Campinas, foi a sanção da lei 16.418, que obriga os estabelecimentos, produtores, promotores e organizadores de eventos realizados em locais sujeitos à presença do carrapato-estrela a informar sobre o risco de febre maculosa. Para atender à lei, foi realizada uma capacitação para orientar e esclarecer dúvidas destes profissionais.
“Além disso, reforçou todas as ações de comunicação, informação e mobilização contra a febre maculosa nos parques públicos com aumento de placas e distribuição de cartazes para farmácias e centros de saúde nas imediações de áreas consideradas de risco”, complementou.
Cuidados
A febre maculosa é uma infecção grave, transmitida pelo carrapato-estrela infectado. Caso a pessoa passe por áreas de vegetação, mato ou pastos, especialmente próximas de cursos hídricos, onde há presença de cavalos e capivaras, deve ficar atenta, por cerca de 15 dias, aos sintomas da doença (febre, dor de cabeça, dor intensa, mal-estar generalizado, náuseas, vômitos e, em alguns casos, manchas vermelhas pelo corpo).
Ao apresentar um desses sinais, a pessoa deve procurar imediatamente o serviço de saúde e informar que teve contato com o carrapato e/ou esteve com locais de risco, pois os sintomas podem ser confundidas com outras doenças febris agudas, como covid-19 e dengue.