
Campinas dá início neste mês à “Operação pela Vida”, que marca o começo das fiscalizações de alcoolemia realizadas de forma conjunta pela Emdec e pela GM (Guarda Municipal). As ações incluem testes com etilômetro (bafômetro) e têm como foco prevenir sinistros graves e ampliar a segurança viária.
As primeiras operações-piloto (testes) ocorrem ao longo de novembro e dezembro. O cronograma permanente começa em janeiro de 2026, com pontos definidos a partir do mapeamento de áreas críticas.
Como funcionam as blitze
A Lei 14.599/2023 permite aos agentes municipais aplicar testes de alcoolemia e autuar condutores. As equipes passaram por capacitação, incluindo técnicas de abordagem e uso dos etilômetros.
Penalidades previstas na legislação
Os bafômetros utilizados são aferidos pelo Inmetro para garantir precisão nos resultados.
Conduzir um veículo sob influência de álcool é infração gravíssima, com multa de R$ 2.934,70, suspensão da CNH por 12 meses e retenção do veículo. A recusa ao teste também gera multa e penalidades. Se o teste indicar teor alcoólico igual ou superior a 0,34 mg/L, o condutor responde por crime de trânsito.
Campanha de conscientização
A operação é integrada à campanha “Beber e dirigir pode custar caro”, que reforça os perigos do álcool mesmo em pequenas quantidades. A estratégia inclui outdoors, painéis digitais, publicações em redes sociais, conteúdo em rádios e vídeos distribuídos pela Emdec.
Impacto do álcool nos sinistros
O álcool foi o principal fator de mortes no trânsito em 2024. Entre os 134 sinistros fatais analisados, 51 deles (38,1%) envolveram condutores alcoolizados.
Em vias urbanas, 29 acidentes fatais registrados entre 2024 e 2025 tiveram relação com álcool. No total, de 2020 a julho de 2025, Campinas contabilizou 274 óbitos provocados por embriaguez ao volante.
A campanha conta com apoio do Detran-SP, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Rede Mário Gatti, Samu e diversas secretarias municipais.





