A Prefeitura de Campinas oficializou nesta segunda-feira (22) a doação ao Governo do Estado do terreno onde será construído o Hospital Metropolitano. A lei que autoriza a cessão da área foi sancionada pelo prefeito Dário Saadi e publicada no Diário Oficial do Município. A previsão do governo estadual é lançar a licitação para a construção ainda neste ano.
Quando estiver em funcionamento, o hospital deverá contar com cerca de 400 leitos. A regulação das vagas será feita pelo sistema Cross (Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde), com o objetivo de agilizar o atendimento aos pacientes de Campinas e da Região Metropolitana.
Segundo a prefeitura, a doação atende a uma exigência do Estado para viabilizar o projeto. O hospital ficará ao lado do Ambulatório Médico de Especialidades (AME), ampliando a oferta de serviços de saúde na região.
Área doada e contrapartidas previstas em lei
O terreno doado possui aproximadamente 35 mil metros quadrados e está localizado entre a Avenida Prefeito Faria Lima e as ruas Pastor Cícero Canuto de Lima e Francisco de Assis Iglésias. No local funcionava a CDVL (Coordenadoria Departamental de Veículos Leves), antigo Deti, que foi transferido para o Jardim Novo Campos Elíseos.
A lei estabelece que a doação está condicionada ao cumprimento de dois encargos pelo Estado: a construção efetiva do Hospital Metropolitano no local e a formalização da cessão de uso, para o Município, da área onde atualmente funciona o Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Droga (Caps AD Sudoeste).
O texto legal foi aprovado pela Câmara Municipal, sancionado e promulgado pelo prefeito, entrando em vigor na data de sua publicação. Todas as despesas relacionadas à doação serão de responsabilidade do Estado.
Estrutura prevista para o Hospital Metropolitano
O projeto técnico da unidade foi apresentado pelo Governo do Estado durante reunião do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Campinas (RMC), realizada em julho. O hospital de alta complexidade terá cerca de 400 leitos, distribuídos em unidades especializadas.
Estão previstos aproximadamente 300 leitos de internação clínica e cirúrgica, além de 60 leitos de UTI adulto, pediátrica e para obesidade. O centro cirúrgico contará com oito salas preparadas para procedimentos de alta complexidade, como cirurgias cardíacas, oncológicas e bariátricas.
A estrutura também incluirá serviços ambulatoriais, com 18 consultórios, Hospital Dia e áreas de reabilitação pós-cirúrgica. O Serviço de Apoio Diagnóstico e Terapêutico (SADT) oferecerá exames de imagem, como ressonância magnética e tomografia, além de radioterapia com dois aceleradores lineares e unidade de quimioterapia.
Para atendimentos de urgência, o hospital terá dois prontos-atendimentos especializados: um voltado à oncologia e outro para demais patologias, ambos com leitos de observação e salas para pacientes críticos.
A unidade ficará próxima a outros equipamentos de saúde de Campinas, como o AME, o Hospital Municipal Dr. Mário Gatti, o Hospital Mário Gattinho, o Hospital de Amor e o Caps AD Sudoeste.
