O início dos estudos para implantação de um novo polo tecnológico em Campinas foi formalizado nesta segunda-feira (11), com a assinatura de um memorando de entendimento entre a Prefeitura, o Exército Brasileiro e o Governo do Estado de São Paulo. O projeto prevê a instalação do Centro de Ciência e Tecnologia do Exército em parte da área da Coudelaria, que fica entre Campinas e Valinhos.
Assinatura na capital
A cerimônia ocorreu no Palácio dos Bandeirantes, na capital paulista. O documento foi assinado pelo prefeito Dário Saadi, pelo general Achilles Furlan Neto, chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército, e pelo secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, Vahan Agopyan.
Segundo a Prefeitura, o espaço destinado ao futuro centro tem cerca de 200 mil metros quadrados e será voltado a empresas ligadas às áreas de defesa e segurança. “Hoje lançamos a semente de um ecossistema inovador que vai integrar ciência e tecnologia, consolidando Campinas como referência nacional e internacional em inovação”, explicou o prefeito.

“É uma área que o Exército já tem e que será possível implantar essa nova unidade de tecnologia com o apoio do governo do estado. Gratidão ao Exército e ao governador por essa articulação que vai contribuir ainda mais com o desenvolvimento da área de inovação em Campinas”, complementou.
“A gente fica muito feliz com essa iniciativa do Exército, que foi intermediada pelo Governo de São Paulo, de levar o Parque Tecnológico de Defesa e Segurança para Campinas”, disse o governador Tarcísio de Freitas. Segundo ele, nada melhor do que uma cidade muito estruturada e vocacionada para educação, ciência e tecnologia como Campinas para sediar esse projeto. “Tenho certeza de que essa iniciativa vai fazer muita diferença na nossa cidade de Campinas”, comentou o governador Tarcísio de Freitas, que também participou da cerimônia.
O general Achilles Furlan Neto disse que o projeto é um sonho que se realiza. “Hoje foi um dia muito importante para a ciência e a tecnologia do Exército Brasileiro e para o próprio Exército. Campinas foi uma escolha óbvia pelo centro de inovação que a cidade é e sempre foi. Agora com a ajuda da Prefeitura de Campinas e do Governo de São Paulo, o Exército conseguiu finalmente realizar esse objetivo. Temos muita esperança de que vários produtos saiam dessa parceria e que o Brasil fique soberano em ciência e tecnologia como ele tem que ser”, disse.
Próximas etapas
O acordo estabelece um prazo de cinco anos para a realização de estudos técnicos, institucionais e jurídicos, além da definição das formas de participação de cada ente envolvido.
Fases de estudo
- Estratégias para o início das atividades, consolidação do ecossistema e promoção da integração entre os setores público, privado e acadêmico.
- Financiamento, infraestrutura, gestão ambiental e construção: discussão de possibilidades de fomento e desenvolvimento da infraestrutura física necessária, como laboratórios, centros de pesquisa, espaços para startups e áreas de testes;
- Captação de talentos e estímulo à pesquisa;
- Concepção dos ambientes de inovação, regulamentação e certificações;
Trabalho em conjunto
Um núcleo com representantes da Prefeitura, do Governo do Estado e do Exército ficará responsável pela coordenação da fase de concepção, que poderá envolver empresas de outros segmentos. As empresas interessadas deverão participar de chamamentos públicos.