A Prefeitura de Campinas anunciou, nesta quinta-feira (26), um pacote de R$ 53 milhões em investimentos urbanísticos para a região do Campo Grande. Os recursos serão aplicados pela construtora MRV, como contrapartida pela implantação de um novo empreendimento imobiliário no Residencial Novo Mundo, localizado nas proximidades da Avenida John Boyd Dunlop.
A proposta prevê a realização de obras nas áreas de mobilidade urbana, habitação, drenagem, saneamento básico, saúde e educação. O objetivo é beneficiar diretamente os moradores não apenas do novo bairro, mas de toda a região do Campo Grande, com intervenções estruturais e melhorias nos serviços públicos.
Durante o anúncio, o prefeito Dário Saadi ressaltou a importância de garantir infraestrutura adequada nos novos empreendimentos habitacionais, independentemente da localização.
“É importante esse anúncio, esse pacote de investimentos, para mostrarmos que os empreendimentos aprovados, seja em áreas nobres ou mais afastadas do Centro, vêm acompanhados de infraestrutura e qualidade de vida”, afirmou.
O prefeito destacou ainda o papel estratégico do corredor do BRT como elemento indutor de desenvolvimento urbano.
“Os empreendimentos que estão surgindo no Campo Grande e no Ouro Verde contam com um fator indutor fantástico, que é o BRT. Se não houvesse um corredor de ônibus que melhorasse não só o transporte coletivo, mas também o trânsito da região, seria difícil levar um empreendimento de qualidade como esse para lá”, completou.
Dário também lembrou de experiências anteriores da cidade, em que bairros foram implantados sem a infraestrutura necessária, citando o exemplo do Residencial Bassoli, também localizado no Campo Grande.

Habitação e Infraestrutura Urbana
Novo bairro em Campinas terá mais de 2,6 mil moradias e contrapartidas de R$ 53 milhões
Projeto da MRV inclui unidades para a Cohab, novo Centro de Saúde, escolas, terminal de ônibus e obras de drenagem
O novo bairro planejado que será implantado na região do Campo Grande, em Campinas, contará com 2.656 unidades habitacionais. O projeto é da construtora MRV, que investirá cerca de R$ 53 milhões em contrapartidas urbanísticas.
Segundo a empresa, 280 unidades já foram aprovadas, e o restante será implementado em etapas. As obras de infraestrutura, estimadas em R$ 40 milhões, ocorrerão em paralelo à construção dos imóveis e deverão ser entregues junto com os apartamentos, em um prazo previsto de até três anos.
“As obras de urbanização — que envolvem saúde, educação, segurança e mobilidade — serão executadas em paralelo aos empreendimentos. Estimamos que o conjunto seja finalizado dentro de três anos, podendo variar um pouco, para mais ou para menos”, explicou Túlio Barbosa, diretor da MRV.
Contrapartidas habitacionais
O projeto prevê ainda a doação de 55 moradias à Cohab Campinas, avaliadas em R$ 13 milhões. As unidades serão destinadas a famílias cadastradas na fila da companhia.
“Faremos o chamamento das famílias, que terão acesso à linha de financiamento, desde que preencham os requisitos. Isso ajudará a reduzir ainda mais a fila habitacional da cidade”, afirmou Arly de Lara Romêo, presidente da Cohab.
A MRV informou que, além das três fases já aprovadas desse novo bairro, há outros projetos em andamento na cidade, totalizando quase 2.500 unidades. Há também mais de 7.000 moradias protocoladas na Cohab aguardando aprovação.
“Esse investimento em Campinas, principalmente em parceria com a Cohab, demonstra nosso compromisso em ajudar a reduzir o déficit habitacional”, afirmou Fábio Scandar Teixeira, diretor da MRV.
Investimentos em saúde, educação e drenagem
Entre as contrapartidas sociais, está prevista a construção de um novo Centro de Saúde, com capacidade para quatro equipes da Saúde da Família, além da reforma da rede elétrica da unidade do Itajaí.
A construtora também fornecerá materiais para obras de drenagem nos bairros Jardim Maracanã e Vila Progresso. O valor total desses investimentos será de R$ 5,8 milhões.
Na área educacional e cultural, estão previstos os projetos de duas novas unidades do Ceprocamp e o restauro do Museu da Educação, com investimento de R$ 700 mil.
Mobilidade urbana e estrutura do novo bairro
No eixo da mobilidade, o projeto inclui a adaptação do Terminal Itajaí para receber o prolongamento do corredor BRT Campo Grande, além da implantação de um novo terminal de ônibus no Residencial Parque Dunlop.
O novo bairro contará ainda com mais de 49 mil metros quadrados de vias pavimentadas, ciclovias, redes de água, esgoto e drenagem, parque linear, iluminação pública em LED, câmeras de monitoramento e arborização com mais de 3.800 mudas.