Atual presidente da Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo), o deputado estadual Cauê Macris (PSDB) defende o fim dos privilégios para a classe política, como o foro privilegiado. Em visita ao TODODIA ontem à tarde, ele falou também da necessidade de reduzir o número de deputados estaduais e se disse contra a reeleição no Executivo, mas não no Legislativo.
Cauê tentará a reeleição para o cargo estadual nas eleições deste ano. O lançamento da campanha acontece hoje, juntamente com a do pai, o deputado federal Vanderlei Macris (PSDB).
“Tem que tirar o foro privilegiado. Político não tem quer ter privilégio. Somos todos iguais. Por que o privilégio? Por que eu sou diferente de você (repórter)? Não tem nada que me dê esse privilégio. Vou ter o direito de ser julgado por desembargadores na segunda instância, como todo mundo”, afirmou Cauê.
O americanense foi eleito presidente da Alesp em março do ano passado.
“Temos que lutar para derrubar o foro privilegiado, como também temos que lutar para diminuir o número de deputados federais, estaduais, senadores. Se equiparasse o número de deputados estaduais com deputados federais já estava bom demais, 70 deputados estaduais estava bom demais”, apontou.
O deputado se posiciona contrário à reeleição para cargos no Executivo. No entanto, não vê problema para o Legislativo. “Sou contra reeleição (no Executivo). Foi uma prova mal sucedida de que quem está no Governo, está na máquina, se utiliza da máquina para poder ganhar votos, ganhar a eleição. O nosso governador (Márcio França) é um exemplo disso. Ele está no governo, está se apropriando da máquina para trabalhar em benefício eleitoral. (…) Você não tem máquina no Legislativo, você tem trabalho. Legislativo é mais renovação. Você trabalhou, foi presente? Beleza, população te dá o mandato de novo. Se não trabalhou a população troca”, argumentou.
Cauê Macris também foi figura central no movimento que convenceu João Doria (PSDB) a deixar a prefeitura de São Paulo para concorrer como governador do Estado. Esse foi mais um elemento que influenciou no “racha” do PSDB com o atual governador, Márcio França (PSB), que também concorre ao cargo.
“Do ponto de vista da política no Estado, consegui construir uma base partidária que ajudou a construir a candidatura do Doria como governador”, afirmou.
PROJETOS
Em um eventual novo mandato, Cauê diz que seu “grande sonho” é ver pelo menos iniciada a construção do Trem Intercidades de Passageiros, que ligará o Vale do Paraíba, Baixada Santista, Grande São Paulo e a RMC (Região Metropolitana de Campinas).
“Acho que é o principal canal do desenvolvimento da nossa região. Vai ser uma das nossas maiores lutas. Por isso também que defendo o João Doria como candidato a governador e o Geraldo como presidente. Os dois estão antenados, e o Doria foi o único candidato a governador que colocou formalmente no plano de governo o Trem Intercidades. Colocou lá o nome de Americana como uma de suas prioridades de execução”, disse.
