sexta-feira, 19 abril 2024

Cestas de alunos em Campinas são distribuídas sem arroz

Quando Isabele Fernanda de Souza, 24, recebeu a cesta básica, apenas um pensamento lhe veio à cabeça: “Como vou fazer para alimentar meus filhos?”. Na cesta, encaminhada a alunos da rede municipal de ensino de Campinas que não estão frequentando escolas devido à pandemia, faltava um item prioritário: o arroz. Mas não havia nada de errado, ao menos na distribuição. As cerca de 40 mil cestas básicas entregues às famílias dos alunos no mês de setembro vieram sem arroz. 

Para compensar, a empresa responsável pela montagem dos kits, a DZ7 Comércio, colocou a mais na cesta um pacote de 500 g de macarrão, um quilo de feijão e um pacote de bolacha. A administração reforçou com mais um quilo de carne e dois litros de suco de uva. 

A distribuição das cestas começou em abril. Segundo a prefeitura, recebem as famílias dos estudantes que vivem em situação de pobreza e extrema pobreza, com renda per capita de até R$ 178. A prefeitura diz que o valor pago para a empresa é fixo, de R$ 59 por kit, e que a DZ7 pediu aumento de R$ 10,75 para compensar a alta no preço do arroz, o que foi negado pelo município.

“Quem fornece cesta básica a uma prefeitura está sujeito a essa variação de preço, e, ainda assim, deve assumir o risco e cumprir com o que está previsto em contrato”, afirma o prefeito Jonas Donizette (PSB). Sanções estão previstas, diz o prefeito, caso a empresa persista em não entregar a cesta conforme contratado. 

A reportagem tentou contato com a DZ7, mas a empresa não se manifestou. 

Receba as notícias do Todo Dia no seu e-mail
Captcha obrigatório

Veja Também

Veja Também