quinta-feira, 21 novembro 2024

Cidades avaliam os prejuízos e limpam a sujeira

Cidades da RMC (Região Metropolitana de Campinas) ainda sofrem com os efeitos das chuvas que atingiram a região entre quinta-feira e domingo. Casas, unidades de Saúde e hospital inundados, famílias desabrigadas, queda de muros e árvores, ruas alagadas e muita lama e sujeira pelo caminho ficaram após as chuvas. População, prefeituras e equipes da Defesa Civil iniciaram a semana avaliando os prejuízos e fazendo mutirões de limpeza.

Sumaré, uma das mais afetadas, está em situação de emergência, decretada no último sábado pelo prefeito Luiz Dalben (PPS). A cidade registrou 143 milímetros de chuva, volume três vezes maior que o esperado para a semana.

Por conta também da grande precipitação em Campinas e Hortolândia (com mais de 200 mm de chuva cada em 72h), houve transbordo do Ribeirão Quilombo em vários pontos da cidade, afetando famílias de áreas de ocupação, cerca de duas mil casas e 16 bairros, entre eles – os mais prejudicados – Vila Diva, Jardins Primavera, Dulce, Basilicata, São Domingos e Chácaras Três Pontes.

Até ontem à tarde, 25 famílias haviam sido deslocadas de suas casas para abrigos improvisados em três escolas municipais (Antonio Palioto, na região central; Neusa de Souza Campos, na região do Picerno; Ramona Canhete Pinto, na região do Matão), onde os atingidos recebem atendimento médico, vacinas, alimentação, roupas e produtos de higiene.

Na manhã de ontem, representantes da Defesa Civil do Estado de São Paulo visitaram o município e percorreram as áreas afetadas. “Neste primeiro momento, verificamos as condições das escolas que abrigam as famílias e vistoriamos as áreas afetadas, oferecendo um atendimento suplementar à cidade e contribuindo para as ações de monitoramento e cuidados”, explicou o capitão Jefferson Smário, da Defesa Civil estadual.

De acordo com a Prefeitura de Sumaré, a Defesa Civil segue monitorando os rios, córregos e áreas de risco da cidade.

“Também estamos realizando o trabalho de conscientização junto aos moradores das áreas de risco”, disse o coordenador da Defesa Civil de Sumaré, Carlos Eduardo Vicente.

Ainda segundo Vicente, quando não houver mais risco, equipes da Defesa Civil vão acompanhar o retorno das famílias abrigadas.

MONTE MOR
Outro município bastante afetado na RMC foi Monte Mor, que registrou a maior chuva desde 2002 na cidade.

O Rio Capivari transbordou, alagando casas, principalmente no Jardim Progresso.

Mais de 100 servidores municipais e bombeiros voluntários foram mobilizados.

Ontem, o nível do Capivari baixou e as famílias que tinham saído de casa puderam retornar para as residências.

De acordo com o secretário municipal de Defesa Civil de Monte Mor, Murilo Rinaldo, cerca de 100 famílias foram atingidas pela enchente, sendo que apenas 20 delas foram para casas de parentes.

O prefeito Thiago Assis (MDB) anunciou que apresentará à Câmara projeto de lei para anistiar do pagamento do (IPTU (Imposto Predial Territorial Urbano) as famílias vítimas de enchente. “Acredito ser o mais justo para aqueles que terão que recomeçar”, avaliou o prefeito.

AMERICANA INICIA REPAROS
Em Americana, que encontra-se em estado de atenção, as principais áreas de risco ficam próximas ao Ribeirão Quilombo, que chegou a transbordar.

Na manhã de ontem, equipes da Secretaria de Obras e Serviços Urbanos intensificaram os serviços de reparo em asfalto e limpeza das principais avenidas. Conforme o secretário da pasta, Adriano Camargo Neves, o trabalho de desassoreamento no Quilombo minimizou problemas.

“As chuvas atingiram vários municípios, agravando a situação no Quilombo. O desassoreamento amenizou um pouco a situação na Avenida Abdo Najar, por exemplo”, afirmou.

NOVA ODESSA PROMOVE LIMPEZA
Em Nova Odessa, a prefeitura iniciou a limpeza de áreas atingidas. Ontem, funcionários da Diretoria de Serviços Públicos atuavam na remoção de entulhos, sujeira e lama deixados pelas águas. Um caminhão-pipa, com água de reuso, foi utilizado para a lavagem das vias.

Os bairros mais atingidos foram Vila Azenha, Flórida, Jardim Fadel, Nossa Senhora de Fátima, São Jorge e Conceição. A Diretoria de Promoção Social e Vigilância Sanitária atuaram em esquema de mutirão para apoio às famílias atingidas.

Uma empresa de produtos de limpeza fez doações. De acordo com o coordenador da Defesa Civil de Nova Odessa, Paulo Bichof, por meio de um carro de som, áreas de risco receberam alerta.

“Passamos a alertar a população das áreas de risco ainda na noite de sexta-feira e madrugada do sábado e passamos o tempo monitorando a situação e auxiliando a população”, comentou.

HORTOLÂNDIA INTERDITA UBS E PONTE
Em Hortolândia, o volume de chuva acumulado entre quinta e sexta-feira (3 e 4) foi de 277 mm, mais do que o registrado em todo mês de janeiro de 2018 (quando choveu 207 mm). O prefeito Ângelo Perugini (PDT) também chegou a decretar estado de emergência na cidade.

A Unidade Básica de Saúde Santa Clara sofreu danos e foi interditada. Parte do forro da UBS cedeu. A Secretaria de Saúde providencia novas instalações. O atendimento aos pacientes será na UBS Campos Verdes. A previsão é de que seja alugado um prédio ainda em janeiro.

Também parte da estrutura da ponte que liga o Jd. Santa Emília ao Jd. Novo Ângulo cedeu. O local foi interditado e a Secretaria de Obras iniciou manutenção. Por isso, motoristas no trecho utilizam um desvio, com acesso pela Rua Antônio Gonçalves Pires Filho, na Vila Inema.

 
 

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