
O Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Campinas (CD-RMC) aprovou, nesta quinta-feira (24), o projeto que propõe a instalação de 120 estações meteorológicas em toda a RMC. A reunião foi realizada em Paulínia. Outros dois temas relacionados ao meio ambiente também foram apresentados aos prefeitos – implantação de microflorestas urbanas e do programa Reconecta RMC.
A apresentação do projeto de monitoramento de multirriscos para o enfrentamento aos extremos climáticos da RMC foi feita pelo coordenador da Câmara Temática da Defesa Civil da RMC e diretor da Defesa Civil de Campinas, Sidnei Furtado. A RMC será a primeira região metropolitana do Brasil a ter uma rede como essa. O projeto atualiza e amplia os atuais alcances da rede de monitoramento meteorológico.
Serão 120 estações meteorológicas, seis em cada cidade, integradas às 21 estações do Centro Integrado de Informações Agrometeorológicas (Ciiagro), do Instituto Agronômico de Campinas.
De acordo com Furtado, a ampliação do número de estações meteorológicas na RMC é uma medida importante para melhorar a qualidade e a precisão das informações sobre o clima. O objetivo é facilitar o monitoramento das condições do tempo, para que os municípios possam se preparar melhor para enfrentar os extremos climáticos.
“A implementação do monitoramento de multirriscos é um avanço bastante significativo para os municípios. Os alertas para as emergências também vão entrar no sistema do Governo de Estado. O sistema online vai funcionar 24 horas disponibilizando os dados meteorológicos em tempo real por município”, disse Furtado.
O coordenador explicou ainda que as novas estações serão instaladas por etapas e, para que o município habilite o projeto, é necessário que tenha um Centro de Operações de Emergência (COE) em operação. “Quem ainda não tem uma sala de COE não consegue operar as novas estações, nem o radar, que está em fase de teste. Então, é fundamental que façam a adesão ao Centro de Operações de Emergências”, alertou Furtado.
O prefeito de Campinas, Dário Saadi, presidente do CD-RMC, entende que a maioria das cidades da região metropolitana sofre com a questão dos extremos climáticos e o sistema de monitoramento de multirriscos será um ganho para os municípios. “A aprovação desse projeto é muito importante para a nossa região e vamos seguir com os encaminhamentos do Fundocamp para garantir a implantação das novas estações meteorológicas, que vão em abarcar diferentes políticas ambientais, ajudar na detecção de ilhas de calor, previsão de precipitação, ventos, entre outros componentes que serão monitorados”.