sábado, 23 novembro 2024

CMDCA aposta no IR após ano ruim

Após um dos anos de pior arrecadação da história em 2020, por conta da pandemia, o CMDCA (Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente) de Americana aposta na retomada das doações feitas por meio das declarações do Imposto de Renda em 2021 para compensar a situação do caixa do órgão, utilizado para custear uma série de projetos voltados às crianças no município.

O conselho publicou no Diário Oficial o Plano de Aplicações de recursos de seu fundo, que prevê 60% das verbas empregadas em programas e projetos das OSCs (Organizações da Sociedade Civil) que atendem crianças e adolescentes, 15% para capacitação e formação, 14% para apoio a serviços de acolhimento, 7% para assessoria e diagnóstico e 4% para campanhas.

Entre esses aportes estão a destinação de verbas para Coasseje (Casa de Orientação e Assistência Social Seareiros de Jesus), cerca de R$ 345 mil, e AAMA (Associação Americanense de Acolhimento), com R$ 21,9 mil

A previsão é de aplicar R$ 723 mil ao longo do ano. O montante, no entanto, é sete vezes o que foi arrecadado em 2020, um dos piores anos no quesito arrecadação e doação. Foram apenas R$ 99 mil, enquanto anos anteriores tiveram recebimento de valores na casa dos R$ 400 mil.

“Foi um dos piores anos. Não recebemos doação de pessoas jurídicas, não tivemos nenhuma. E não tivemos editais de empresas grandes e bancos. Banco do Brasil, Banco Itaú sempre têm editais com uma média é de 200, 250 mil. Já chegou a quase 400 mil. É isso que dá o impacto. As doações de pessoas jurídicas sempre foram o forte. Se não fosse o caixa que temos, a gente não ia conseguir executar nem os projetos básicos”, relatou o vice-presidente do CMDCA, Antonio Dias da Fonseca.

IMPOSTO DE RENDA

Outra boa fonte de renda do CMDCA é a destinação do Imposto de Renda devido de Pessoas Físicas. Em 2020, esse formato rendeu R$ 59 mil ao conselho, mas estimativas apontam que, se todos os contribuintes optassem pela doação, ao invés de fazer o pagamento à Receita Federal, o montante poderia chegar a R$ 3 milhões por ano, segundo Fonseca. Essa é a aposta da entidade para 2021, já que o cenário de pandemia se estendeu e deve novamente prejudicar doações de empresas e editais.

“Estamos divulgando para que em abril a gente consiga que as pessoas físicas façam doação da declaração do imposto. O contribuinte não perde nada, e é fácil, é só fazer a opção. Ainda está pouco, fica sempre na casa dos 60 mil. A meta seria dobrar esse valor pelo menos, é nossa aposta”, afirmou o vice-presidente.

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