sexta-feira, 19 abril 2024

Com ou sem decreto, missa só virtual em igrejas da região

 O governo do Estado manteve a recomendação para que as igrejas não realizem missas presenciais, por causa da pandemia do novo coronavírus. Em Americana e Nova Odessa, a Igreja Católica já definiu pela realização apenas de missas virtuais. Em Sumaré, as celebrações continuam suspensas, por força de decreto municipal que impede aglomerações. O decreto de Santa Bárbara d’Oeste recomenda a suspensão.
 O governo estadual não proibiu a celebração de missas, mas recomendou que igrejas, templos e centros de atividades religiosas tomem cuidados durante esta fase de pandemia.
“O governo de São Paulo recomenda a suspensão de cerimônias, celebrações, missas ou cultos e não o fechamento de templos e igrejas. A recomendação é para que as cerimônias sejam realizadas pela Internet. Esses locais também podem continuar a receber fiéis para orações e orientação religiosa em formato individual, seguindo regras sanitárias e de distanciamento social para mitigar a circulação do vírus”, diz o Estado.
 Ontem, o bispo diocesano de Limeira, dom José Roberto Fortes Palau, enviou um comunicado às paróquias dos 16 municípios, entre os quais Americana e Nova Odessa, sobre o retorno das celebrações eucarísticas com a presença de fiéis, seguindo alguns critérios. Entre eles, cada cidade deverá seguir os decretos municipais.
Segundo o bispo, nas cidades nas quais os decretos municipais permitem a flexibilização e o retorno das missas, as paróquias devem seguir as orientações das autoridades sanitárias municipais e também as orientações da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).
 “As paróquias têm a liberdade de decidirem pelo retorno ou não das missas, dependendo da realidade de cada paróquia, devendo essa decisão ser tomada pelo pároco ou administrador paroquial”, informou o bispo, no comunicado.
VIRTUAIS
No caso de Americana e Nova Odessa, as missas continuarão sendo celebradas de forma virtual, com transmissão pelas redes sociais. A informação é do padre Johnny Artur dos Santos, da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, do bairro Antonio Zanaga, que é o Vigário Forâneo dos dois municípios.
Na Forania Santo Antonio, que abrange as duas cidades, a prefeitura deu orientação para que os padres mantenham o distanciamento social.
“Sabemos dos riscos. É um tempo de cuidados e temos nos esforçado. As celebrações têm acontecido de maneira privada, com o padre, uma equipe de canto com duas ou três pessoas, um ou dois coroinhas. Em sua grande maioria, todas as igrejas de Americana têm transmitido pelo Facebook, instagram, YouTube e até mesmo por algumas televisões e rádios. Essa é a recomendação que estamos tendo”, afirmou o vigário.
Os fieis estão dispensados do preceito dominical, isto é, não ir à missa não constitui pecado durante a pandemia, como havia definido o bispo diocesano de Limeira. “Os fieis que não podem ir por conta desta pandemia não estão incorrendo em pecado e nem em falta”, disse o vigário.
Além disso, o vigário ressalta que seria indelicado retomar as missas neste momento, porque poderiam ser excluídas as pessoas dos grupos de risco, principalmente os idosos, que são bastante participativos.
A Prefeitura de Americana informou que cabe ao Estado definir o assunto.
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