A Secretaria de Estado da Saúde está reforçando a distribuição da vacina contra a febre amarela em todo o território paulista, após registro de casos da doença em humanos e em primatas não humanos. O Estado confirmou um caso de febre amarela em primata não humano em Campinas.
A pasta está em tratativas com o Ministério da Saúde para receber seis milhões de doses do imunizante, para atender à população não vacinada. Até esta quinta-feira (30), o Instituto Adolfo Lutz confirmou oito casos em humanos por febre amarela, sendo um importado de Minas Gerais, nenhum deles na região de cobertura da TV TODODIA. Em todos os casos, o paciente não havia tomado a vacina da febre amarela.
Além do primata de Campinas, foram registrados mais 20 casos de febre amarela em primatas não humanos em Ribeirão Preto, um em Pinhalzinho, um em Socorro, um em Colina e um em Osasco.
“A vacinação é a principal forma de prevenção, por isso, estamos adotando medidas junto aos municípios e, também, iniciando uma campanha de conscientização para que a população não vacinada procure uma unidade de saúde e receba o imunizante”, reforçou Regiane de Paula, coordenadora em Saúde da Coordenadoria de Controle de Doenças (CCD/SES).
Desde 2020, o Ministério da Saúde recomenda a vacinação contra a febre amarela para crianças menores de 5 anos de idade em duas doses: a primeira aos 9 meses e a segunda aos 4 anos. Para pessoas a partir dos 5 anos, a vacina é dose única. A meta é atingir 95% de cobertura vacinal – atualmente, a cobertura do estado é de 80%.
Casos
Dos oito casos de pacientes confirmados, quatro possuem como local provável de infecção Socorro, dois em Joanópolis, um em Tuiuti, e o caso importado, o local de infecção foi em Itapeva, Minas Gerais. Dos sete casos autóctones do estado foram registrados quatro óbitos.
A vacina contra a febre amarela integra o calendário de vacinação e está disponível em todas as UBS (Unidades Básicas de Saúde) do estado. A conscientização da população sobre a importância da imunização de rotina é uma medida essencial para prevenir casos graves e proteger a saúde.
A pasta ressalta que as ações de vigilância em saúde também foram intensificadas. No Brasil, não há registro da febre amarela urbana desde 1942. Atualmente, a infecção da doença se dá por meio de mosquitos silvestres que vivem em zonas de mata.
No ano passado, foram registrados dois casos humanos de febre amarela no estado de São Paulo: um autóctone e outro importado, que resultou em óbito.
Os sintomas iniciais da febre amarela são:
- Início súbito de febre
- Calafrios
- Dor de cabeça intensa
- Dores nas costas
- Dores no corpo em geral
- Náuseas e vômitos
- Fadiga
- Fraqueza
A Secretaria de Estado da SaúdeSES destaca que os macacos não transmitem a doença, já que a transmissão do vírus se dá pela picada de mosquito silvestre infectado. “Caso alguém identifique macacos mortos na região onde vive ou está, deve informar imediatamente às autoridades sanitárias do município, de preferência, diretamente para a vigilância ou controle de zoonoses”, destaca.