O e-commerce registrou alta de 19,5% nos negócios, em comparação ao mesmo mês do ano passado
Segundo o economista da ACIC, Laerte Martins, as próprias empresas que atuam com vendas físicas, em função do efeito do isolamento na pandemia – que colaborou para impulsionar o e-commerce – implementaram ou intensificaram a modalidade de vendas eletrônicas.
“O resultado foi a diminuição das vendas físicas, incentivando, portanto, as vendas on-line, que evoluíram em 19,50%, em média”, disse.
Mesmo com montantes menores em relação a outras épocas, o faturamento de março deste ano das vendas físicas foi calculado em R$ 1,9 bilhão, representando 7,69% a mais do total faturado no mesmo período de 2021, que foi de R$ 1,8 bilhão.
Na categoria de “bens não duráveis”, as vendas nos postos de combustíveis evoluíram em 9,15% em março, nos supermercados em 7,85% e, nas drogarias e farmácias, em 4,8%.
Em relação aos “bens duráveis”, o comércio de materiais de construção expandiu em 4,1%, enquanto que o segmento de vestuário evoluiu 1,05%, no mesmo período. Já no setor de Serviços, o Turismo e os Transportes cresceram 1,75%, e, os bares e restaurantes, 0,45%.
O faturamento do comércio nas vendas físicas de Campinas cresceu 8,48%, em março de 2022, em relação a março de 2021, passando de R$ 763,1 milhões para R$ 827,8 milhões.
Para Laerte Martins, o varejo restrito de Campinas e região apresentou uma evolução baixa nos números, principalmente quando comparado com os elevados dados das vendas ao consumidor final em dezembro de 2021, período que ainda estava sob o efeito da pandemia.
PIB
“A expansão do PIB (Produto Interno Bruto) nacional para 2022 não deve ultrapassar 1%, podendo se tornar negativo, dependendo da inflação dos atuais indicadores econômicos e, também, com os efeitos da guerra da Rússia com a Ucrânia. A previsão para os próximos meses de 2022, para o varejo de Campinas e região, não é nada promissora, inclusive por ser um ano eleitoral e de muita instabilidade econômica nacional e mundial”, analisa o economista.
INADIMPLÊNCIA
Paralelamente, a RMC teve uma queda na inadimplência de 3,52%.
Foram gerados em março deste ano 133.864 carnês/boletos não pagos, o equivalente a R$ 96,4 milhões em endividamento.
A avaliação é do departamento de Economia da Associação Comercial, a partir de dados da Boa Vista – SCPC.
CRÉDITO
A Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC) realizou nos dias 10, 11 e 12 de maio a “Semana do Crédito”, evento on-line e gratuito que abordou temas essenciais para a saúde financeira das organizações e para o seu crescimento.
Os conteúdos apresentados de maneira acessível aos cerca de 700 gestores financeiros, profissionais do setor de cobrança, microempreendedores, proprietários de empresas de pequeno e médio porte visavam apresentar a dinâmica que envolve o acesso e a gestão de crédito, para a tomada de decisões assertivas.
