quinta-feira, 18 abril 2024

Comércio espera fechar 2018 faturando 11% a mais

O comércio varejista da região de Campinas deve terminar o ano com crescimento de 11% no faturamento em relação a 2017. A estimativa é que as vendas do ano alcancem R$ 62,2 bilhões, contra os R$ 56 bilhões do ano passado. De 2016 para 2017, o crescimento foi de apenas 3%.

Os dados são do SindiVarejista (Sindicato do Comércio Varejista) de Campinas e Região em parceria com a Fecomércio-SP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) e apontam também expectativa otimista para dezembro.

A previsão é que as vendas também cresçam 11% em relação a 2017, atingindo R$ 6,4 bilhões. Esse resultado é R$ 643 milhões superior ao apurado em dezembro do ano passado, que foi 3% maior do que dezembro de 2016.

De acordo com Sanae Murayama Saito, presidente do SindiVarejista, o comércio varejista da região de Campinas mostrou ao longo de 2018 a continuidade e consolidação do ciclo de recuperação de vendas.

“O crescimento do faturamento vem em uma constante desde o início do ano. Por três meses consecutivos, a região de Campinas obteve o melhor desempenho de faturamento de todo Estado de São Paulo”, aponta.

Segundo ela, em 2018 o varejo registrou crescimento generalizado em todos os seus segmentos, a exemplo do ocorrido em 2017, e, neste ano, o avanço continuou sendo ancorado nos bons desempenhos dos segmentos como eletrodomésticos, eletrônicos, concessionárias de veículos, cujas taxas médias de expansão mensal foram, em média, 60% maiores do que aquelas registradas nas atividades de bens semiduráveis e não duráveis.

“Isso indica que as famílias encontraram espaço para recompor o patrimônio doméstico, fortemente retraído na crise, quando o setor amargou saldos negativos de mais de 45% entre 2014 e 2017”, afirma.

A região de Campinas também tem recebido novas grandes redes do varejo e de supermercados o que consolida ainda mais o setor.

“O ganho de confiança dos consumidores nos últimos meses, principalmente pela expectativa positiva com o novo governo, retoma o caminho do crescimento. Com um grau de confiança maior, as vendas de produtos que requerem parcelamento, como eletroeletrônicos ou móveis e decorações, tendem a reagir bem e elevar os resultados positivos”, avalia.

Com esse desempenho, a região de Campinas deve ter a segunda maior participação nas vendas do varejo no Estado de São Paulo, entre as 16 regiões analisadas pela pesquisa, respondendo por 9% do faturamento anual total.

Sanae explica que em 2017, Campinas viu um modesto crescimento de 2% a 3% nas vendas, abaixo dos quase 5% em média no Estado. “Neste momento, há setores que se recuperam mais aceleradamente como a indústria, depois de muitos anos de queda, e na região há forte representatividade deste setor, especialmente a cadeia automotiva”, afirma.

Para ela, a cidade que tinha uma base de comparação mais deteriorada e largou tardiamente na corrida da recuperação, faz um esforço para alcançar outras regiões. “Acreditamos que a região poderá obter sucesso se de fato as perspectivas forem se tornando realidade ao longo de 2019”, finaliza.

 
 

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