A Comissão de Educação da Câmara Municipal visitou, na manhã desta quarta-feira (25), a Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental (Emeief) Professora Maria Aparecida Della Coletta Sillmann, localizada no Parque Res. Abilio Pedro com o objetivo de ouvir as demandas da equipe gestora da unidade.
A visita contou com a presença dos vereadores Mariana Calsa (MDB), presidente da comissão, e Waguinho da Santa Luzia (PP), secretário. Eles foram recebidos pelos coordenadores Luiz Miguel e Silvana Somera, além das vice-diretoras Débora Sequinatto e Viviane Denarte.
A unidade atende cerca de 240 alunos, distribuídos em dez turmas do 1º ao 5º ano do ensino fundamental, todas em período integral. Do total de estudantes, aproximadamente 30 são pessoas com deficiência. A estrutura da escola conta com dez salas de aula, além de espaços como sala de leitura, laboratório de informática, sala de judô, pátio, área externa para atividades ao ar livre e parquinho infantil.
Vacinação contra a dengue teve baixa adesão
Durante a visita, os parlamentares foram informados sobre uma campanha de vacinação contra a dengue que estava sendo realizada na escola. Segundo o coordenador Luiz Miguel, os responsáveis pelos alunos foram comunicados com antecedência e deveriam autorizar a aplicação da vacina. No entanto, apenas oito alunos levaram a carteirinha e a autorização assinada pelos pais. A maioria das famílias não consentiu com a vacinação.
Falta de funcionários é principal problema apontado
A escassez de funcionários foi o principal ponto levantado pela direção da Emeief. A vice-diretora Viviane relatou que ações judiciais obrigaram o remanejamento de monitores para acompanhamento individual de alunos com deficiência, o que resultou na falta desses profissionais para outras atividades escolares. “Só hoje cinco monitores faltaram ao trabalho”, exemplificou.
A carência de merendeiras e a ausência de material esportivo para as oficinas do ensino integral também foram destacadas. Segundo a coordenadora Silvana Somera, os materiais solicitados chegam em quantidade insuficiente, o que compromete até mesmo o atendimento do ensino regular.
Diante da mudança estrutural da escola — que não abriga mais a educação infantil no mesmo prédio —, a direção sugeriu a remoção do parquinho para a construção de uma quadra esportiva. “O espaço atual para as aulas de educação física é muito pequeno, mas a escola não tem recursos financeiros para a obra”, informou Luiz Miguel. Ele ressaltou que os brinquedos do parquinho estão em boas condições e poderiam ser reaproveitados em outra unidade.
Ensino integral é referência em judô e jogos de raciocínio
Sobre o desenvolvimento do ensino integral, a coordenação destacou que, desde a implantação, a escola optou por realizar as atividades internamente devido à dificuldade de transporte. Apenas em junho a unidade passou a contar com um ônibus semanal para levar os alunos ao Centro Comunitário Ouro Verde para as aulas de futsal.
Entre as principais atividades, o judô é o destaque. Os tatames foram obtidos por empréstimo para viabilizar as aulas. Jogos como xadrez e dama também fazem parte da rotina do ensino integral.
CEI Caieiras também sofre com problemas estruturais
O Centro de Educação Infantil (CEI) Caieiras, que é vinculado à Emeief, atende cerca de 160 alunos — 12 deles com necessidades especiais. Além da falta de funcionários, especialmente na limpeza, a maior preocupação da equipe é com os problemas estruturais. As vice-diretoras relataram que, nesta semana, o piso do refeitório começou a se levantar, agravando ainda mais as condições do prédio.
