O presidente do Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo), José Augusto Viana Neto, explicou como agem os estelionatários nas locações em temporada de férias e destacou algumas dicas de como evitar cair no conto do vigário.
“A maioria desses estelionatários fazem anúncios que são bem produzidos, usando, inclusive, a inteligência artificial”, alerta. O presidente do Creci-SP explica que os anúncios ficam vistosos, chamam a atenção e colocam um preço que são impraticáveis.
“Eles atendem muito bem as pessoas. Normalmente, fazem contato por WhatsApp, e-mail, com a característica de ser gente boa. A pessoa vai lá, confia e acaba depositando um valor na conta. Aí quando chega lá na praia, o imóvel não existe ou se existe, não está para alugar. A pessoa fica no prejuízo”, diz Neto.
Segundo ele, a única forma segura é fazer contato com um corretor de imóveis e uma imobiliária na cidade de destino. “É fácil entrar em contato, basta entrar no site do Creci-SP (https://www.crecisp.gov.br) ou baixar o aplicativo no mesmo site. Ali pode fazer a busca dos corretores, digita o nome da cidade e vão aparecer todos os corretores. Através do site do Creci, não vai ter problema, pois é uma autarquia federal. Portanto, tem a maior credibilidade”, orienta.
Por que as pessoas ainda caem nos golpes?
Perguntado sobre o motivo das pessoas ainda caírem em golpes imobiliários, o presidente do Creci-SP diz que o fator mais importante é a boa-fé da população. “Eu debito esse problema a boa-fé das pessoas que acreditam no que está lendo ou com quem está conversando”, diz Neto.
Ele ainda comenta que a locação de imóveis é um terreno minado. “Está cheio de gente de má-fé atuando neles. Os portais imobiliários privados, esse que fazem anúncios, não querem saber se é o proprietário que está anunciando ou um estelionatário. Eles querem faturar o anúncio. Então, o estelionatário vai lá e põe a foto que quiser, o texto que bem entende, paga e o portal vai publicar”, finaliza.