O Conselho Tutelar de Americana pediu ao Colégio Dom Bosco um relatório do adolescente de 13 anos que atirou com arma de chumbinho na escola na segunda-feira (29). Uma funcionária foi ferida por um disparo e o aluno disparou contra si. Ambos tiveram ferimentos leves, foram socorridos e liberados. O adolescente foi levado para a Fundação Casa.
De acordo com o conselheiro tutelar Rodrigo Miletta, o órgão já requisitou à escola um “relatório pormenorizado do adolescente, para análise e posterior aplicação de medidas cabíveis”.
Em nota à reportagem, o Conselho Tutelar frisou que, por ser ato infracional, cabe à polícia, Ministério Público e Judiciário aplicar as medidas cabíveis e as ações e procedimentos são de exclusividade deles.
“Após decisão do Judiciário e encaminhamentos, em paralelo estará atuando o Conselho Tutelar. Por fim, esclarecemos que os procedimentos e encaminhamentos ocorrerão em esferas distintas, conforme determina o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente)”, encerra a nota.
O CASO
A SSP (Secretaria de Segurança Pública) do estado de São Paulo informou na terça-feira (30) que o adolescente responderá por ato infracional de lesão corporal, falso alarme e posse e porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e permitido. Ele tentou soltar explosivo na escola, atingiu uma funcionária com disparo de espingarda de chumbo e atirou contra a própria cabeça com a chegada da polícia.
Não foi informado para qual unidade da Fundação Casa o adolescente foi levado.
A Fundação Casa disse que não pode dar qualquer informação sobre o jovem, seguindo o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).
De acordo com o relato da SSP, o aluno “explodiu um tipo de artefato próximo à sala da coordenação e quando os professores saíram para verificar, atirou com uma espingarda de pressão, ferindo uma delas, de 45 anos, na região do glúteo”.
Ainda segundo o registro da SSP, o adolescente escondeu-se em uma sala e tentou se ferir. “Ele foi localizado com uma espingarda de pressão, uma faca, uma picareta e vários chumbinhos espalhados pelo chão e uma mochila contendo explosivos”, diz a SSP.
O caso envolveu esquadrão antibombas e até o helicóptero Águia da Polícia Militar.
