Uma família descobriu que o corpo de um parente estava enterrado em túmulo errado havia cinco anos, durante enterro de outro familiar nesta sexta (12), no Cemitério Parque dos Lírios, em Santa Bárbara.
O corpo de Francisco de Assis Aguiar, 72, estava sendo sepultado e a família pediu a exumação do corpo do filho dele, Juliano Francisco Aguiar, que morreu há cinco anos, para que pai e filho fossem enterrados juntos.
Foi aí que descobriram que desde 2015 o túmulo que visitavam pensando que lá estava enterrado o corpo de Juliano, na verdade tinha uma mulher.
“Na hora da exumação estava lá uma mulher na sepultura. Aí falaram que não sabiam o que tinha acontecido e que iam abrir outra sepultura. O corpo do meu irmão (Juliano) estava enterrado na sepultura ao lado, junto do marido da mulher que estava enterrada na sepultura que a gente achava que era dele. O tempo todo na cova dele quem estava era uma mulher”, relata Rodrigo Fernando Aguiar, 38, líder de manutenção, filho de Francisco.
Rodrigo reclamou do constrangimento. “Ficou ruim porque você quer fazer um enterro rápido. Aí além disso alegaram que o caixão do meu pai era grande e não ia caber, tentavam transferir a culpa, jogar para outra sepultura para evitar problemas. Depois tiraram o corpo do rapaz que estava enterrado junto com o meu irmão, a família nem deve saber”.
Previsto para as 10h45, o enterro de Francisco terminou às 13h, conta Rodrigo. “Minha mãe ficou super chateada. Muitas pessoas foram até embora, porque tinham compromisso. Marcou o enterro de um modo negativo, vai ser uma coisa que vão falar e lembrar, não do jeito que a gente queria”.
Segundo o líder de manutenção, os funcionários do cemitério alegaram que o sepultamento de seu irmão no túmulo errado foi feito pela administração anterior.
“Disseram que isso foi antes de eles assumirem, que não têm responsabilidade. No fim disseram que iam cobrar só uma exumação. Que não iam cobrar a do outro corpo que eles tinham colocado errado. Só faltava essa”, desabafou Rodrigo.
Margareth Frezzarin, administradora do cemitério, admitiu o ocorrido e disse que o problema foi solucionado na hora. “Nossos funcionários cometeram um equívoco, abriram o túmulo vizinho. Conversamos com a família, explicamos, pedimos desculpas. Como era exumação, não batia o corpo que estava ali, na sequência foi constatado o erro, abrimos o correto e família autorizou”, disse.