
Em alusão ao Agosto Lilás, mês dedicado à conscientização pelo fim da violência contra a mulher, Cosmópolis recebeu nesta segunda-feira (18) a peça teatral A História de Dalva e Davi, no Auditório Paulo Freire.
Com base em relatos reais
Baseado em relatos de vítimas de violência de gênero e de homens que passaram por grupos de ressocialização, o espetáculo mostra as diferentes faces do problema e propõe reflexões sobre soluções possíveis para romper o ciclo da violência.
A montagem é uma realização da Educathus Talentos Humanos, com direção de Nelson Guedes. No elenco, Marcela Silveira interpreta a personagem principal, Dalva, enquanto Heliton Oliveira dá vida a Davi. A peça conta ainda com a participação dos atores Luiz Albertoni e Rose Araújo.
Durante a apresentação, o público acompanhou histórias que refletem a realidade de muitas mulheres e também o impacto positivo de programas de conscientização voltados a homens autores de violência.
Importância
A secretária de Promoção Social de Cosmópolis, Fran Oliveira, destacou a importância da iniciativa. “A violência nunca começa com um tapa. Ela começa com pequenas agressões verbais, vai se agravando e pode chegar a consequências fatais. Por isso precisamos reforçar que a violência não é normal e não deve ser aceita. O Agosto Lilás é um marco, mas esse trabalho deve ser realizado o ano inteiro.”
O autor e diretor Nelson Guedes ressaltou que a arte é um meio capaz de sensibilizar e transformar. “A arte tem o poder de tocar o coração das pessoas e provocar reflexão. Quem assiste se envolve com a história, e se conseguimos gerar essa reflexão, já valeu a pena.”
A atriz Marcela Silveira, que vive Dalva, reforçou a importância da mensagem transmitida. “É um tema pesado, mas necessário. O teatro ajuda a mostrar que a violência não pode ser normalizada e que as mulheres precisam de apoio para romper esse ciclo.”
Com forte apelo educativo, A História de Dalva e Davi cumpriu o papel de emocionar, provocar e conscientizar o público cosmopolense, reforçando que o enfrentamento à violência contra a mulher é responsabilidade de toda a sociedade.