As quedas de energia causadas por pipas na região aumentaram quase cinco vezes na quarentena (abril e maio) em relação ao mesmo período no ano passado. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (17) pela CPFL Paulista, responsável pelo serviço nas cinco cidades da região. Em 2019 foram 20 interrupções contra 92 neste ano.
Americana foi de 4 registros para 8, Hortolândia de 5 para 33, Nova Odessa de 2 para 3, Santa Bárbara de 2 para 14 e Sumaré de 7 para 34. Sumaré e Hortolândia figuram entre as quatro cidades com mais casos de interrupção de energia por conta de pipas da região de Campinas em que a CPFL atua (que inclui 26 municípios).
Só Campinas, que foi de 55 para 86, e Piracicaba, que foi de 13 para 41, superam Sumaré e Hortolândia. Na região de Campinas, somados os 26 municípios, as ocorrências triplicaram, indo de 102 para 298.
No último dia 25, linhas de pipa causaram a queda de energia em Americana e Sumaré. Partes dos dois municípios ficaram sem o serviço durante o dia todo, que foi normalizado antes de anoitecer.
LEVANTAMENTO
Atenta à segurança da população e à qualidade do fornecimento de energia para seus clientes, a CPFL Paulista, por meio da campanha Guardião da Vida, alerta para estes acidentes e ocorrências de falta de energia provocados pelas pipas. O levantamento realizado pela companhia identificou o triplo de interrupções no fornecimento causadas por elas entre abril e maio de 2020 – em relação ao mesmo período do ano passado. Foram 832 registros em toda a sua área de atuação contra apenas 283.
Em entrevista ao programa On News, da Rádio Azul, nesta quarta (17), a consultora de Negócios da CPFL, Talita Pinotti, mencionou a gravidade deste cenário. “A pipa é um problema sério para a rede da CPFL”, mencionou. Segundo ela, este é um dos grandes motivos da falta de energia. Ainda disse que o resgate das pipas enroscadas na rede gera preocupação por questões de segurança.
Foto: Ernesto Rodrigues | TodoDia Imagem