
Um curto-circuito em uma máquina usada para moer espuma teria sido a causa do incêndio registrado na manhã desta quinta-feira (28), na Rua das Orquídeas, no bairro Cidade Jardim II, em Americana. A informação foi relatada por um funcionário, mas ainda não foi confirmada pelas autoridades.
O incêndio, considerado o maior do ano em Americana, aconteceu em uma empresa que trabalha com reciclagem de espumas para estofados. O fogo, que iniciou próximo às 9h, se alastrou rapidamente devido à grande quantidade de materiais inflamáveis.
Três pessoas precisaram de atendimento médico
Aproximadamente quatro pessoas estavam na empresa no momento em que o incêndio começou. No barracão ao lado, que também continha materiais inflamáveis, outras três pessoas estavam trabalhando. Todas conseguiram sair a tempo e não se feriram.
Mesmo sem ferimentos por conta do fogo, o proprietário da empresa, de 68 anos, foi encaminhado a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) São José por ter problemas cardíacos e ter sofrido uma crise hipertensiva. Outros dois funcionários também receberam atendimento médico por inalarem fumaça.
Trabalho intenso no combate as chamas
A movimentação no local do incêndio foi intensa durante toda a manhã e o trabalho foi grande das forças de saúde e segurança. O Corpo de Bombeiros foi responsável direto por controlar o incêndio com equipes de Americana, Santa Bárbara d’Oeste, Nova Odessa, Sumaré e Piracicaba.
A Polícia Militar e a Guarda Municipal fizeram o controle de trânsito e da movimentação na rua, e a Defesa Civil atuou prestando apoio na segurança do local.
Foram utilizados mais de 80 mil litros de água para combater as chamas. Oito caminhões foram utilizados e 40 bombeiros trabalharam diretamente na ação. Também foram utilizados caminhões-pipa do Departamento de Água e Esgoto (DAE).

Susto para os moradores
Os moradores ao redor da empresa ficaram assustados com a proporção e a intensidade do fogo. Algumas casas nos fundos, localizadas na rua dos Cactos, chegaram a correr risco de serem atingidas, como a de Juliana Araújo, que contou com a ajuda do vizinho Tarcísio Souza para reduzir o perigo. “Eu fui olhar no fundo de casa e já estava alastrado o fogo. Só deu tempo de sairmos correndo, eu comecei a chorar aqui na calçada. Foi a mão de Deus que não pegou fogo nessas casas”, relatou.
Tarcísio, que trabalha preparando marmitex em casa com a esposa, percebeu o incêndio e ajudou os vizinhos retirando botijões de gás e outros materiais que poderiam aumentar as chamas. “Estamos aí para o que der e vier. Ajudar o próximo sempre”, afirmou.
Defesa Civil
A Defesa Civil fará avaliação dos imóveis ao redor da empresa parar identificar se o fogo pode ter comprometido a estrutura de alguma casa ou outra empresa.