O conselho se reúne mensalmente, discutindo assuntos de interesse da RMC. Mas, na opinião da população que mora em uma cidade, estuda e trabalha em outra, quais deveriam ser as principais prioridades da região para os próximos anos? Nós fomos até o Terminal Metropolitano de Campinas, e as reclamações foram, principalmente, sobre transporte e saúde. “O transporte, tanto em Campinas quanto para a Hortolândia, é muito difícil. A gente passa 40, 25 minutos, 30 minutos esperando o ônibus. O transporte tem que mudar, tanto em Campinas quanto em Hortolândia. E saúde aqui em Campinas é sério (o problema)”, disse o porteiro João Rodrigues.
“Para mim, é o transporte urbano, que é demorado demais. Eu acho que deveria colocar mais ônibus na linha, né? Você fica mais cansado no ônibus do que no trabalho, então não compensa. Saúde também, tem posto de saúde que falta médico, você marca uma consulta, o médico não vai”, opinou o auxiliar de limpeza, Edvaldo Silvestre.
Além dos dois, todos os outros entrevistados pela reportagem citaram a saúde como um dos grandes problemas. O antecessor de Dário como presidente do Conselho da RMC, o ex-prefeito de Jaguariúna, Gustavo Reis, passou os últimos anos fazendo campanha para a construção de um novo Hospital Metropolitano em Campinas, e Dário indica que esta deve ser realmente a principal demanda do Conselho nos próximos anos. “Uma das prioridades que me motivou a ser presidente do Conselho, porque Campinas tem um atendimento regional importante, tem setores do nosso atendimento, como a neonatologia, que chega a bater 35% de demanda regional, e o Hospital Metropolitano, tendo capacidade de fazer cirurgias ortopédicas, por exemplo, que é uma fila grande, e outras especialidades, sem dúvida vai melhorar muito a situação de atendimento, não só em Campinas, mas em toda a região metropolitana”, afirmou Dário.
Ele ainda destacou outras duas grandes prioridades: a questão climática e também a mobilidade na RMC. “As mudanças climáticas exigem ações tanto para ampliar a captação de CO2, como também para mobilizar a região metropolitana para atacar e resolver os principais problemas de drenagem”. Em relação ao transporte, Dário afirmou que serão elencadas as obras viárias de mobilidade urbana que são importantes para a maioria das cidades, pois, apesar de a região ser cortada pelas principais rodovias do país, ainda há gargalos que atrapalham a vida dos moradores de muitas cidades da região metropolitana.
Dário, que, além de prefeito de Campinas, também é vice-presidente para assuntos de saúde da Frente Nacional de Prefeitos, explicou por que aceitou assumir mais um importante cargo. “Meu nome foi sugerido por vários prefeitos, e a maioria aceitou, tanto que foi por unanimidade. Foi uma indicação de alguns prefeitos que, na análise de alguns, sendo prefeito de Campinas, dá um pouco mais de peso. Para mim, não é só questão de dar o peso como prefeito de Campinas, é trabalhar em conjunto com todos os prefeitos.”
