A Defesa Civil de São Paulo vai investir R$ 3,2 milhões em ações de mapeamento de risco e prevenção de ocorrências de deslizamento de terra e inundações nos municípios paulistas. A previsão é que, neste ano, 52 cidades sejam beneficiadas com a entrega de planos do Governo de SP de redução de risco, setorização de risco e mapa comunitário.
Os instrumentos de identificação de risco são uma importante fonte para políticas públicas de prevenção a desastre, pois permitem ao gestor municipal conhecer os riscos existentes no município e, com isso, adotar medidas para mitigá-los.
“O mapeamento de risco é o primeiro passo para o município conhecer e interpretar suas regiões e, a partir daí, utilizar políticas públicas para mitigar o risco, ou seja, realizar intervenções que vão desde obras até a criação de núcleos comunitários de defesa civil e ações educacionais, com aplicação de treinamentos e simulados para a população local”, afirma o coronel PM Henguel Ricardo Pereira, Coordenador Estadual de Proteção e Defesa Civil e secretário-chefe da Casa Militar.
Serão contratados 37 planos municipais de redução de risco, 13 setorizações e um mapa comunitário de risco.
A seleção das cidades é feita por meio de um estudo que utiliza critérios técnicos definidos pela Defesa Civil. São levados em conta fatores como a participação do município no Plano Preventivo de Defesa Civil para escorregamento e inundação (PPDC), número de habitantes, densidade demográfica, percentual do município com setores de risco alto ou muito alto, histórico de ocorrências anteriores, índice de desenvolvimento humano (IDH) e PIB per capita.
O governo paulista ainda não divulgou a lista das cidades que receberão o investimento.
No ato da instalação do equipamento, os bairros e comunidades sujeitas à inundação deverão contar com o Mapa Comunitário de Risco, além de instalação de placas de sinalização indicando pontos de risco, rotas de fuga e locais de abrigos.
Atualmente, o banco de dados da Defesa Civil estadual contém 961 instrumentos de risco cadastrados, contemplando 361 municípios paulistas.
Região
Em maio deste ano, a Secretaria Especial de Articulação e Monitoramento, do Governo Federal divulgou um levantamento que coloca, ao menos, três cidades da região como suscetíveis a desastres ambientais. De acordo com o documento, que deve servir de base para definir a distribuição de investimentos do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), Sumaré, Santa Bárbara d’Oeste e Hortolândia possuem áreas que apresentam risco para desastres ambientais, como enxurradas, inundações e deslizamentos.