A defesa conseguiu na tarde de hoje um habeas corpus para Sylvino de Godoy Neto. A liminar foi concedida pelo desembargador Gilberto Leme Garcia, após o juiz Caio Ventosa Chaves, da 4ª Vara Criminal de Campinas negar um pedido de prisão domiciliar para o diretor-presidente do Grupo RAC (Rede Anhanguera de Comunicação), ontem (27).
A liminar foi concedida levando em consideração o estado de saúde de Sylvino. “Em razão do grave e instável estado de saúde do paciente, bem como para evitar irreparáveis problemas que possam advir dessa situação, é o caso de substituição de sua prisão temporária segregação processual assim como prisão preventiva pelas medidas cautelares previstas no artigo 319, incisos I, III, IV e V, do Código de Processo Penal,”, traz trecho da liminar.
Sylvino foi preso na quinta-feira passada, durante a 3ª fase da Operação Ouro Verde, que investiga desvio de recursos da área da saúde em Campinas, que já chegam a R$ 7 milhões. Na hora da sua prisão em um condomínio de luxo na cidade, o empresário passou mal (ele fez uma cirurgia cardíaca, no dia 19) e teve que ser internado no Hospital da PUCC. “Ele continua internado e sem previsão de alta”, disse o advogado de defesa Ralph Tórtima Stettinger Filho.
Apesar do empresário ter se livrado da prisão, O desembargador do TJ (Tribunal de Justiça) determinou o comparecimento mensal em juízo para informar e justificar suas atividades, proibição de ausentar-se da cidade e recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga, inclusive com entrega judicial de seu passaporte, bem como proibição de manter contato com os demais acusados ou investigados, incluindo com se filho, Gustavo Khattar Godoy, que se entregou na segunda-feira e continua preso.