Os voluntários que atuam como palhaços hospitalares seguem transformando rotinas e oferecendo acolhimento emocional em hospitais da região. Neste 10 de dezembro, data em que se celebra o Dia Nacional do Palhaço, a homenagem destaca uma atuação que vai muito além do entretenimento e se torna parte do cuidado humanizado oferecido a pacientes.
Arte que transforma ambientes hospitalares
Nos corredores dos hospitais, os Anjos da Alegria utilizam figurinos coloridos e uma abordagem lúdica para amenizar o medo, o isolamento e a tensão da internação. A proposta é proporcionar um encontro que ajude o paciente a se desconectar, ainda que brevemente, do ambiente clínico.
A voluntária Paula Eduarda Oliveira, conhecida como Dra. Polenta, explica que o trabalho começa antes mesmo de chegar aos quartos. Para ela, a maquiagem e o figurino são parte da construção de uma postura acolhedora. “Quando a gente faz a maquiagem, a gente já começa a dar espaço para a personagem. É maravilhoso ter a oportunidade de fazer esse trabalho que é tão gratificante”, afirmou.
Efeitos do riso no tratamento
Estudos apontam que o riso estimula a liberação de endorfinas, hormônios capazes de reduzir dor e estresse. Em crianças, o estímulo ao brincar ativa mecanismos emocionais importantes no enfrentamento da doença. Para os voluntários, cada visita representa uma oportunidade de oferecer um escape psicológico e fortalecer o bem-estar do paciente.
Desafios e a rotina dos voluntários
A atuação nos hospitais também envolve imprevistos e dificuldades. Situações delicadas exigem preparo emocional, e os voluntários relatam que, muitas vezes, a emoção aparece apenas após o fim da atividade.
Para quem deseja ingressar no voluntariado, a orientação é dar o primeiro passo. “Para ser um palhaço, ou um voluntário, é preciso dar o primeiro passo. Não vai saber o que é caso não dê o primeiro passo, mas garanto que é extremamente gratificante, pois recebemos muito mais do que doamos”, declarou a Dra. Polenta.
Ela destaca ainda que, embora mantenham o sorriso diante dos pacientes, os palhaços também se emocionam. Segundo a voluntária, os momentos de alegria e doação são os que prevalecem e impulsionam a continuidade do trabalho.





