sexta-feira, 26 abril 2024

DIG prende autor de feminicídio em Americana

Os policiais civis da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Americana prenderam o autor de um feminicídio em São Paulo no bairro Vale das Nogueiras, em Americana, cidade onde o acusado estava escondido desde o crime praticado em 18 de julho deste ano. A vítima foi morta na frente dos filhos. A atual companheira do acusado também foi detida, por desacato e resistência. As prisões foram efetuadas na manhã desta sexta-feira (4).

O autônomo Odair Elias Trindade de Jesus, 47, era procurado por matar a facadas a ex-mulher Thais Alves da Silva, 32, na frente dos filhos do casal, no Jardim Ângela, em São Paulo. Segundo a investigação, o acusado cometeu o crime porque a vítima havia terminado o relacionamento por conta da agressividade do ex-companheiro.

Segundo o porta-voz da DIG, Émerson Siqueira, havia informações de que o acusado de ter praticado o crime cruel estaria em Americana, cidade na qual tinha parentes. Na manhã desta sexta-feira, o acusado foi localizado e o mandado de prisão preventiva contra o autor do crime foi cumprido. A atual companheira do acusado, cujo nome não foi revelado, também foi detida por desacato e resistência.

O delegado José Donizeti de Melo, titular da DIG, informou que a equipe recebeu informação de que o autor do feminicídio havia alugado uma casa em Americana e que a companheira dele teria vindo de São Paulo para ficar com ele nesta casa.

Após a prisão, policiais do 47º Distrito Policial de Capão Redondo foram informados do cumprimento do mandado e se deslocaram para Americana na quinta à tarde para transportar o preso até a capital para ser interrogado e recolhido em algum centro de detenção.

RMC

De janeiro a julho deste ano, a RMC (Região Metropolitana de Campinas) registrou 12 feminicídios. Campinas registrou seis casos de feminicídio, Itatiba, dois, e Hortolândia, Santa Bárbara d’Oeste, Sumaré e Artur Nogueira, um caso cada, de acordo com o Portal da Transparência da SSP (Secretaria de Segurança Pública), que registra todos os casos de mortes de mulheres ocorridos no Estado.

Americana e Nova Odessa não registraram casos de feminicídio no período. Os dados de agosto ainda não foram divulgados. No mesmo período deste ano, o Estado registrou 106 mortes de mulheres, dos quais foram 12 na RMC. Isso quer dizer que, dos casos de mortes de mulheres no Estado, 11,12% ocorreram na região de Campinas.

Essa proporcionalidade entre o número de homicídios de mulheres em relação ao Estado foi menor no ano passado: 7,95%. A RMC registrou sete feminicídios em 2019 (cinco casos em Campinas, um em Pedreira e um em Cosmópolis) nos sete primeiros meses do ano.

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