quarta-feira, 19 novembro 2025
LUTO

Dor e luta: seis meses após morte da filha em acidente, mãe pede justiça e organiza passeata

Aos 24 anos, a jovem sonhava em ser mãe e construir uma nova etapa da vida
Por
Cristiani Azanha

A dor da perda se une à cobrança por respostas na morte de Isabela Rodrigues Amorim Bezerra, de 24 anos, vítima de um acidente de trânsito em 24 de abril, em Americana. A jovem empresária teve a vida interrompida após ser atingida por um carro no cruzamento da Avenida Monsenhor Bruno Nardini com a Rua da Agricultura. Mais de seis meses depois, a família ainda tenta lidar com o vazio e mobiliza a população para manter o caso vivo.

Uma passeata será realizada no próximo sábado (22), com concentração às 10h em frente ao Tivoli Shopping, em Santa Bárbara d’Oeste. O grupo seguirá até o local do acidente, onde a família fará uma homenagem à vítima. Para a mãe, Raquel da Silva Rodrigues Bezerra, o ato é uma forma de transformar o sofrimento em força e cobrar avanços na investigação.

O acidente
Isabela seguia de moto pela Rua da Agricultura quando tentou acessar a Avenida Iacanga. Segundo a Polícia Militar, a motorista de um carro que trafegava pela Avenida Santa Bárbara teria avançado o semáforo amarelo e atingido a motociclista. Câmeras de segurança registraram o impacto e mostram a jovem sendo arremessada ao chão. Ela foi socorrida em estado gravíssimo pelo Corpo de Bombeiros, levada ao Hospital Edson Mano, mas não resistiu.

O teste do bafômetro na motorista apontou resultado negativo para álcool. O caso segue em investigação pelo 1º Distrito Policial de Americana.

Isabela deixou a família de forma precoce. Foto: Arquivo pessoal

A dor de uma mãe
Para Raquel, a perda da filha representa uma ruptura irreparável. Ela relata que vive um vazio que não encontra consolo e descreve Isabela como uma jovem doce, trabalhadora e cheia de sonhos. A mãe também lamenta que os ferimentos tenham sido tão severos que impediram a doação de órgãos, algo que, segundo ela, intensifica ainda mais o sentimento de impotência.

Raquel afirma que espera justiça e responsabilização. Ela diz que a filha saiu de casa para trabalhar e nunca mais voltou, e que nenhuma família deveria enfrentar essa dor. A passeata, para ela, é um pedido para que a morte de Isabela não seja esquecida e para que vidas no trânsito sejam tratadas com seriedade.

Homenagens e lembranças
Amigos e familiares destacam que Isabela era cheia de energia, sempre disposta a ajudar e dedicada ao próprio negócio. Aos 24 anos, sonhava em ser mãe e construir uma nova etapa da vida. Um futuro interrompido por uma tragédia que continua repercutindo na cidade.

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