
Uma moradora do Jardim Alvorada, em Americana, denuncia que teve a propriedade invadida e danificada por uma obra de uma empresa de arrefecimento e climatização localizada na Rua do Sol, vizinha de fundos da residência.
O caso aconteceu no dia 26 de abril, quando Celly Nassar Ferreira Leite, de 65 anos, chegou em casa e se deparou com um buraco aberto no terreno, ferramentas e até latas de cerveja no quintal.
“Cheguei, abri o portão e levei um susto. Um monte de terra no meu quintal. Falei: ‘O que é isso? O que aconteceu?’”, relata.
Sem saber quem havia causado o dano, Celly entrou em contato com a Guarda Municipal e com a Polícia Militar. “Fomos orientados a registrar um boletim de ocorrência”, conta.
No boletim de ocorrência, Celly relatou: “Invadiram minha propriedade. Não sabia, até então, quem tinha feito aquilo. Escavaram meu terreno, abriram uma vala de seis metros e jogaram toda a terra no quintal, o que impossibilita morar, alugar ou vender o imóvel. Só depois, diante da GCM, soube que foi o vizinho do fundo. Essa é a segunda vez que causam danos ao meu patrimônio”, desabafou.
Celly afirma que o buraco foi escavado sem sua autorização e que funcionários da obra chegaram a deixar diversos objetos em sua propriedade. “Já encontrei ferramentas, uma camisa, latas de cerveja”, confirma.

A moradora acionou ainda a Defesa Civil. Em relatório emitido no dia 28 de abril, o órgão afirmou que “não há risco de o muro cair, mas foi aberto um buraco de lado a lado, com grande quantidade de terra espalhada pelo quintal.”
Segundo a moradora, os problemas com a empresa não são recentes. “Antes mesmo de construírem, tiraram terra daqui e meu muro caiu. Eles impermeabilizaram o lado deles. Já aconteceu isso uma vez, e agora, de novo. Não dá mais”, afirma.
Celly ressalta que a obra avançou sobre seu terreno sem qualquer tipo de diálogo. “Mesmo que fosse para impermeabilizar, deveriam ter falado comigo antes. A responsabilidade é deles, não minha. Foi o que o próprio fiscal da prefeitura me disse”, declara.
Agora, a moradora busca reparação. “Trabalhei a vida inteira para construir essa casa. É simples, mas é minha. Tenho escritura, está tudo em ordem. Não podem passar por cima de mim assim.”
A equipe de reportagem procurou presencialmente a empresa, que passou o e-mail de uma empresa terceirizada para contato. Até o fechamento desta matéria, não houve retorno por parte da corporação.