
O Encontro de Veículos Antigos de Santa Bárbara d’Oeste vai acontecer nesta quinta-feira (18), a partir das 19 horas na Estação Cultural de Santa Bárbara. A intenção é homenagear uma paixão nacional tão popular que um presidente da república pediu para que voltasse a ser produzido. Ele foi pensado para ser econômico resistente e com boa capacidade de armazenamento. O Fusca está fazendo 65 anos de história no Brasil.
“Esse aqui, em especial, vai ser para homenagear o Dia Nacional do Fusca que é 20 de janeiro, como a gente não consegue fazer no sábado, a gente vai fazer na quinta feira. Isso é aberto ao público, tá? A pessoa não tem um carro antigo, mas ela pode vir, ela vem prestigiar, a gente faz uma exposição, porque é voltado assim, eu sempre falo pro pessoal, né? Que os carros antigos, você pega desde crianças até as pessoas mais velhas, todo mundo gosta. Falou de veículos, o pessoal gosta” comentou Adriano Poti um dos organizadores do evento.
O evento é promovido pelo Grupo AirCooler que desde 2015 se reúne pra fazer esse tipo de ação que além de divertida tem função social. Para participar do evento estão pedindo 1 litro de leite que segundo o Poti será doado para o asilo.
“A gente está aqui fazendo esses eventos desde 2015, quando a gente se reuniu pela primeira vez, assim, na verdade foi uma reunião de amigos, né? Focados aí pelo gosto, pelos carros antigos e foi se encontrando um dia, foi lá na Vila de Montecastelo, lembro até hoje como que foi até o encontro nosso e fomos reunindo lá, esporádico, assim, pegava sempre uma quarta, uma quinta-feira, encostava lá no quiosque lá e ficava batendo papo e falando de carro. Aí surgiu a ideia de fazer um encontro, né? A gente fez o primeiro encontro do AirCooler, foi na União Agrícola Barbarense, isso em 2015. De lá pra cá, a gente não parou mais” relembrou o organizador.

A história do Fusca no Brasil começou em 20 de janeiro de 1959 e tem períodos muito marcantes. A Volkswagen conta que até 1989, mais de três milhões de unidades foram produzidas no país. O interessante é que muitos momentos da história desse veículo podem se confundir com a história da família.
“É da família. Meu pai comprou esse carrinho pra minha mãe em 92, quando ela tirou carta, e desde então tá com a gente. Então, ele sempre foi o carro dela de uso e já faz uns 15 anos que ela parou de dirigir, por conta da idade. E sempre foi o carrinho quebra-galho nosso. Quando outro carro precisava parar, era ele que salvava a gente. E de 2015 pra cá que a gente começou a ter um carinho mais especial com ele” contou Antônio Baldo. A paixão por carros antigos pode atravessar gerações e exige muito esforço, dedicação e planejamento. Os donos gostam de “ajeitar” deixar personalizado ou igualzinho o original. O Poti explicou “é difícil encontrar um carro prontinho pra andar, as vezes é necessário comprar peças, nos encontros de carros sempre tem o mercado de pulgas que o pessoal faz trocas de peças e vai mexendo aos poucos” finalizou.
Se você tivesse que descrever o que o fusca é pra você em uma palavra, o que você ia falar? Perguntamos para o Baldo.
“Hoje é alegria, porque ele já faz muito tempo que tá com a gente e a paixão do meu filho é esse Fusquinha. Ele adora, desde pequenininho. Um ano, um ano e pouquinho, ele já… Quando eu via o Fusquinha, já brilhava o olho dele. Quando vai fazer alguma coisa no carro ele ajuda, tá sempre junto, tudo que vai fazer.
Muito mais que preço de mercado , que pode ser bem elevado, o valor desses veículos é muito mais afetivo. O Baldo garante que o Fusca dele não tem preço. “Não, esse não. Esse aí, pra vender, vai arrumar briga com muita gente lá em casa” ele conta.