sábado, 23 novembro 2024

Equipe improvisa com papelão para salvar bebê

Uma equipe médica da Unidade Modular Dr. Afonso Ramos, na Zona Leste de Santa Bárbara d’Oeste, usou uma caixa de papelão improvisada como tenda de oxigênio para salvar a vida de uma recém-nascida de 1 mês de vida que está com pneumonia e tinha dificuldade para respirar. O fato aconteceu na noite de anteontem. Após a estabilização do quadro, a criança foi transferida para o Hospital Estadual de Sumaré, onde permanecia na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) até o início da noite de ontem.
A mãe da criança contou que graças à iniciativa do médico socorrista e de uma enfermeira sua filha está viva e conseguiu ser transferida a tempo. “Salvaram a vida da minha filha”, contou, emocionada.
A prefeitura de Santa Bárbara d’Oeste foi questionada ontem sobre a disponibilização de vagas de UTI pediátrica na cidade mas não respondeu. A reportagem do TODODIA apurou que a cidade não dispõe do serviço.
Em nota, a Secretaria da Saúde de Santa Bárbara d’Oeste informou que “enaltece o trabalho da equipe de profissionais do Pronto Socorro Dr. Afonso Ramos frente ao atendimento prestado à bebê, que necessitava de tratamento intensivo em pediatria. Diante do quadro e vendo a necessidade de oxigenação limitada da paciente, montou-se um sistema de tenda de oxigênio improvisada, que prestou pleno atendimento à bebê, suprindo sua necessidade e permitindo sua sobrevida até que a vaga no hospital de referência fosse liberada”.
Ainda de acordo com o comunicado, a não utilização desta manobra poderia incorrer em agravo ou até mesmo à morte da bebê, que foi transferida para UTI do Hospital Estadual de Sumaré e com quadro estabilizado.
REPERCUSSÃO
Logo pela manhã, a foto da bebê dentro de uma caixa de papelão recebeu vários comentários e compartilhamentos nas redes sociais. “(A família da bebê) não está reclamando ou criticando o médico e os enfermeiros que cuidaram da pequena e sim agradecemos a Deus por ter colocado essas pessoas na vida dela, pois se não fosse pela atitude e coragem da enfermeira, talvez minha sobrinha não estivesse mais aqui, pois ela não estava conseguindo respirar sem oxigênio. É revoltante tudo isso. Mas não podemos deixar quieto, porque hoje foi ela, amanhã pode ser outra criança”, comentou na publicação uma mulher que se identificou como tia da bebê.
Os comentários variavam entre elogios à equipe médica e críticas à falta de estrutura do município para atender casos de urgência e emergência envolvendo crianças.
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