Mesmo com queda nos registros de estupro de vulnerável entre janeiro e maio, esse tipo de crime ainda é mais que o triplo dos estupros de não vulneráveis somados nos municípios da região. Os dados são da Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP).
De acordo com a pasta, Campinas, Piracicaba, Americana, Santa Bárbara d’Oeste, Sumaré, Limeira e Hortolândia contabilizaram 64 casos de estrupo nos cinco primeiros meses deste ano. Os casos em Campinas dobraram em maio, passando de cinco para dez registros em comparação com abril, enquanto Santa Bárbara d’Oeste teve o maior número de estupros em maio, com dois casos.
Quando considerados os dados de estupro de vulnerável nos mesmos municípios, os registros somam 194 ocorrências nos cinco primeiros meses do ano — número 203,12% maior do que o total de estupros de pessoas não vulneráveis. Apesar do volume elevado, alguns municípios apresentaram queda em maio. Em Campinas, os casos caíram 24%, passando de 25 em abril para 19. Em Limeira, a redução foi de 28,57%, com sete ocorrências em abril e cinco em maio. Já Americana registrou queda de 50%, com um caso no mês passado contra dois no mês anterior.
Pela legislação brasileira, é considerado vulnerável qualquer pessoa menor de 14 anos, além de indivíduos que, por enfermidade, deficiência mental ou impossibilidade de resistência, não tenham pleno discernimento para consentir atos sexuais.
Estupro
Em Campinas, o número de estupros dobrou de abril para maio, saltando de 5 para 10 casos. Fevereiro lidera o ranking com 12 ocorrências, enquanto janeiro, março e abril tiveram cinco casos cada. No total, foram 37 registros nos cinco meses.
Piracicaba teve apenas um caso de estupro em maio. Janeiro apresentou dois registros, março um, e fevereiro e abril não contabilizaram ocorrências. O total foi de quatro casos.
Em Americana, não houve registros no mês de maio. Janeiro, fevereiro e abril apresentaram um caso cada, totalizando três ocorrências.
Santa Bárbara d’Oeste teve o maior número de estupros em maio, com dois casos. Janeiro, fevereiro e março registraram um caso por mês, e abril não teve ocorrências. Ao todo, foram cinco casos.
Em Sumaré, não houve registros de estupro nos meses de janeiro, abril e maio. Fevereiro e março contabilizaram dois casos cada, somando quatro ocorrências.
Limeira não teve registros em maio e março. Abril foi o mês com mais casos, três no total. Janeiro e fevereiro registraram um caso cada. O total foi de cinco ocorrências.
Hortolândia teve um caso de estupro em maio, abril, janeiro e março. Fevereiro não registrou casos. Foram seis ocorrências ao todo.
Estupro de vulnerável
Campinas registrou queda em maio, com 19 casos, frente aos 25 de abril. Janeiro também teve 25 registros, fevereiro repetiu esse número, e março teve o maior volume com 32 casos. O total chegou a 101 ocorrências.
Em Piracicaba, o mês de maio teve seis registros, o segundo maior número do período, atrás de março, que contabilizou sete. Janeiro teve três casos, abril dois e fevereiro apenas um. O total foi de 19 ocorrências.
Americana teve quatro casos em janeiro, dois em fevereiro, nenhum em março, dois em abril e um em maio. O mês de maio foi o segundo menor do período, que somou nove ocorrências.
Santa Bárbara d’Oeste teve um caso de estupro de vulnerável nos meses de janeiro, março, abril e maio. Fevereiro não apresentou registros. O total foi de quatro casos.
Sumaré registrou três casos tanto em abril quanto em maio. Janeiro teve quatro, fevereiro três e março lidera com seis. Foram 19 ocorrências no total.
Limeira apresentou redução de 28,57% em maio, com cinco casos. Janeiro e fevereiro tiveram um registro cada. Março e abril apresentaram os maiores volumes, com oito e sete casos, respectivamente. Ao todo, foram 22 ocorrências.
Hortolândia teve três casos de estupro de vulnerável em maio e abril. Janeiro teve quatro, fevereiro e março tiveram cinco cada. O total foi de 20 casos.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública afirma que “O Estado de São Paulo conta com 142 Delegacias de Defesa da Mulher (DDMs) distribuídas por todo o território paulista, além de 162 Salas DDMs instaladas em plantões policiais, garantindo atendimento especializado e ininterrupto, 24 horas por dia. Além das ações presenciais, a tecnologia tem sido uma importante aliada no enfrentamento desses crimes. Entre as inovações, destacam-se a Cabine Lilás – um espaço reservado para o acolhimento exclusivo das vítimas – e o aplicativo SP Mulher Segura, que disponibiliza um botão para pedidos de socorro imediato, além da possibilidade de registrar boletins de ocorrência digitalmente, facilitando o acesso das mulheres aos serviços de proteção.”
