Na ocasião, o parlamentar citou que 30 pessoas teriam sido indicadas por ele, via “sistema”, aos secretários Joel Cardoso (Governo) e Marcus Pensuti (Saúde).
Diversos colegas de Casa questionaram a declaração, como Isac Motorista (Republicanos), Felipe Corá (PL), Arnaldo Alves (PRD), Celso Ávila (SD) e Esther Moraes (PV).
O fato motivou denúncia ao Ministério Público (MP-SP) por tráfico de influência e abuso de poder. Especialistas em direito eleitoral disseram, à TV TODODIA, que se a Justiça o condenasse por tais crimes o mandato dele poderia ser cassado.

SISTEMA DE FILA DA SAÚDE
Tavares procurou nossa equipe para contar sua versão sobre episódio e explicou o que seria o famigerado sistema.
“É um drive que a prefeitura tem, aonde todos os vereadores levam [demandas]. Nós digitamos, no computador, o que a gente precisa: tapa-buraco, roçagem no mato, uma poda de árvore, demandas da saúde.”, comentou o parlamentar.
Tavares alegou que não houve favorecimento de indicados para fazer exames de sangue. “As pessoas estão sendo atendidas, quem vai ser não sabemos. Pode ser pedido meu, de outro vereador. Se a fila está andando, a gente fica feliz, porque o atendimento à população está sendo feito e não pode parar. Tudo isso é feito dentro do procedimento correto, não fiz nada de errado.”, declarou.
Procurado na ocasião, o presidente da Comissão de Ética da Câmara de Santa Bárbara d’Oeste, Cabo Dorigon (Podemos), não se manifestou sobre o tema.
MINISTÉRIO PÚBLICO ARQUIVA DENÚNCIA
O parlamentar relatou ainda que ficou em silencio pois estava esperando a investigação sobre o caso. “A gente acabou sendo denunciado no Ministério Público e tínhamos que aguardar a resposta do promotor. Veio a resposta de que foi arquivado, não existe nenhuma irregularidade.” Segundo Tavares, a Comissão de Ética da Câmara Municipal vai seguir a posição do MP.

COMO FUNCIONA A FILA DO SUS?
Segundo o governo federal, a fila do SUS funciona através de um sistema de regulação que visa organizar e priorizar o acesso aos serviços de saúde, especialmente em casos de procedimentos eletivos (não urgentes) como consultas e cirurgias.
A gestão da fila é responsabilidade dos estados e municípios, que utilizam critérios técnicos e científicos para determinar a ordem de atendimento.
O Ministério da Saúde afirma ter um papel importante na elaboração de políticas e diretrizes para o funcionamento do sistema de regulação, além de investir em ações para reduzir as filas de espera.